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Polícia de Mianmar usa balas de borracha para dispersar protesto

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Por Thu Thu Aung

YANGON (Reuters) - A polícia de Mianmar disparou balas de borracha, gás lacrimogêneo e canhões de água na terça-feira para dispersar um protesto contra uma estátua do herói da independência, general Aung San, que é rejeitada por membros da minoria étnica karenni, disseram a polícia e um líder do protesto.

Organizadores disseram que ao menos 3 mil pessoas se reuniram no feriado do Dia da União em Loikaw, capital de Kayah, Estado montanhoso do leste também conhecido como Karenni, apesar de não receberem permissão para a manifestação.

A inauguração neste mês da estátua de Loikaw, que retrata o general coberto de ouro montado em um cavalo, ressuscitou uma onda de protestos, e 54 pessoas foram acusadas de reunião ilegal, incitação e difamação.

'Não estamos objetando à estátua do general em si, estamos exigindo que primeiro implementem suas promessas', disse Khun Thomas, líder da Força Jovem Estadual de Karenni, na manifestação, transmitida ao vivo no Facebook com smartphones.

Yanghee Lee, relatora especial de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para Mianmar, denunciou o que chamou de 'reação policial violenta' aos protestos.

'O governo de Mianmar precisa respeitar o direito de todas as pessoas de se reunirem pacificamente e expressarem suas opiniões sobre questões que as preocupam', disse ela em um comunicado divulgado em Genebra.

'Usar força desproporcional contra manifestantes pacíficos é inteiramente inaceitável. As prisões precisam parar.'

Aung San, pai da líder de Mianmar, Aung San Suu Kyi, foi o arquiteto do pacto de 12 de fevereiro de 1947 entre grupos étnicos que é lembrado pelo feriado nacional, mas que, segundo minorias, jamais foi implantado depois de seu assassinato naquele mesmo ano.

Ao assumir o poder, em 2016, Suu Kyi estabeleceu como prioridade fazer as pazes com grupos étnicos armados, mas o avanço lento e a insatisfação crescente com seu partido em áreas de minorias representarão um desafio nas eleições marcadas para o ano que vem.

Os participantes do protesto de terça-feira, o maior de uma série que começou no Estado em meados de 2018, depois que autoridades anunciaram os planos de instalação da estátua, exigem que sua principal autoridade e seu ministro das Finanças renunciem por não negociarem com o grupo.

Mais de 10 pessoas sofreram ferimentos leves durante a ação policial para dispersar o protesto, disse Khun Thomas à Reuters.

Escrito por Thomson Reuters

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