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Por dentro do maior julgamento da máfia na Itália

Testemunha-chave e promotor-chefe falam sobre o maior julgamento contra a máfia na itália em mais de 30 anos

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Luigi Bonaventura fazia parte da máfia ‘Ndrangheta.

Luigi Bonaventura (Testemunha): “Você começa com armas quando pequeno, eles fazem você atirar quando pequeno. Eles carregam armas. Você é uma criança, e é tudo um jogo para você. Você não sabe que as outras crianças têm armas de brinquedo e que as suas são reais. Você não tem medo de apanhar, mas de decepcionar aqueles que o treinam”.

Hoje, ele é testemunha-chave no julgamento contra o grupo mafioso. Será o maior julgamento contra a máfia na Itália em três décadas. Serão julgados mais de 350 supostos membros e cúmplices da ‘Ndrangheta. O promotor-chefe luta contra eles há mais de 30 anos.

Nicola Gratteri (Promotor-chefe): “Há homens da ‘Ndrangheta dentro da administração pública. Eles tentam administrá-la, como um todo ou em parte, na tentativa de dominar não só no nível econômico, mas também no nível administrativo e político”.

A ‘Ndrangheta é baseada na Calábria, no sul da Itália. As acusações contra ela vão de comércio de drogas e armas, a tentativa de homicídio e lavagem de dinheiro. Bonaventura arriscou a vida para deixar o grupo.

Luigi Bonaventura (Testemunha): “Quando descobriram, me emboscaram duas vezes em 12 horas. Na primeira vez, consegui escapar. Na segunda, eu estava armado e respondi com tiros, ferindo três pessoas. Eles tentaram me matar várias vezes e incendiaram a loja da minha esposa. A ‘Ndrangheta é uma mentalidade, é um estado, é uma religião, é um grupo étnico, é um pensamento, é um credo. A ‘Ndrangheta não é uma organização criminosa que trabalha apenas por dinheiro. Faz pela crença em si”.

Acredita-se que o julgamento irá durar dois anos e poderá colocar muitas vidas em jogo.

Nicola Gratteri (Promotor-chefe): “Existem milhares e milhares de pessoas que acreditam em mim e, portanto, sou a ‘última esperança’. Temos que prosseguir, fazer o que for preciso. Se eu desistisse hoje, me sentiria um covarde”.

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Escrito por DW

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