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Preso por ataque a Bolsonaro é indiciado na Lei de Segurança Nacional, polícia investiga outros suspeitos

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Por Eduardo Simões e Taís Haupt

SÃO PAULO (Reuters) - Adélio Bispo de Oliveira, o homem que foi preso pelo atentado com uma faca contra o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, foi indiciado nesta sexta-feira por violação à Lei de Segurança Nacional, informou a Polícia Federal, e o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que outros suspeitos estão sendo investigados.

Adélio, que confessou o crime após ser preso, passou por audiência de custódia em Juiz de Fora (MG), local do ataque durante uma passeata de campanha de Bolsonaro, e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Ele deve ser transferido para um presídio federal, possivelmente em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, Adélio foi indiciado por violação ao artigo 20 da lei, que enquadra como crime, entre outras coisas 'praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo por inconformismo político'.

A pena prevista é de entre 3 a 10 anos de prisão, que pode ser dobrada em caso de lesão corporal grave, como ocorreu no atentado contra Bolsonaro.

Em Brasília, após participar do desfile do 7 de Setembro, Jungmann disse que a Polícia Federal trabalha com a hipótese de que o agressor agiu sozinho, como um 'lobo solitário', mas disse que outros suspeitos também estão sendo investigados.

'O que se trabalha basicamente é um ato isolado, daquilo que pode se chamar de um lobo solitário, mas existem também --sobretudo no âmbito da Polícia Civil-- a preocupação com outros suspeitos, que também serão ouvidos pela Polícia Federal, que se encontra lá (em Juiz de Fora)', disse Jungmann a jornalistas.

'Nós deslocamos desde ontem uma equipe de inteligência para fazer todo o levantamento necessário. Está sendo feita uma reconstrução de todos os passos daquele que cometeu o atentado até chegar lá, até onde nós pudermos voltar atrás. Está sendo feito um levantamento de toda a rede de relacionamento dele, e obviamente que nós vamos fazer isso também com aqueles que se colocarem como suspeito neste caso.'

Na audiência de custódia de Adélio, a juíza federal Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho determinou que a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva por acreditar que o agressor de Bolsonaro pode voltar a cometer crimes.

'Cumpre salientar que todos os elementos colhidos até o momento evidenciam que Adélio Bispo de Oliveira acarreta risco à ordem pública, notadamente se considerada sua periculosidade concreta, corroborada pelo modus operandi da conduta, consistente na tentativa de assassinato do candidato por meio de verdadeira 'emboscada'', escreveu a magistrada.

'Observo que há, inclusive, notícia nos autos de divulgação do ódio aos ideais defendidos por Bolsonaro, denotando, assim, que se colocado em liberdade apresenta grave risco de reiteração criminosa ao próprio Candidato ou a outros que manifestem ideias políticas divergentes às do custodiado.'

TRANSFERÊNCIA

No termo da audiência, a juíza também cita que Adélio disse em depoimento que realizou o ataque atendendo a uma ordem de Deus e determina sua transferência a um presídio federal.

'Determino, por cautela, diante da representação da autoridade policial, do parecer favorável do Ministério Público Federal e da concordância da defesa, a transferência do preso a presídio federal a ser designado pelo Depen, tendo em vista a necessidade de preservar sua integridade física, dada a repercussão e o clamor público causados pela prática delitiva', afirmou.

O Ministério da Segurança Pública divulgou nota que afirma que o Departamento Penitenciário Federal (Depen) está em tratativas com a Polícia Federal e a Justiça Federal e que sugeriu o presídio de Campo Grande como destino do agressor de Bolsonaro.

Também nesta sexta, o deputado Flavio Bolsonaro, um dos filhos do presidenciável do PSL, disse que procurará a Polícia Federal para acompanhar as investigações. Ele questionou a tese de que Adelio teria cometido o crime por ter transtornos mentais e a de que ele teria agido sozinho.

O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador da campanha presidencial de Bolsonaro, disse a jornalistas ao chegar ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde o presidenciável está internado, que o ataque foi 'um atentado político de grandes proporções e inaceitável', e responsabilizou 'essa esquerda radical que trouxe o Brasil para a situação que nós vivemos hoje' pelo ocorrido.

O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Major Olímpio (SP), também esteve no hospital e afirmou que caberá à Polícia Federal apurar as motivações do agressor.

'Agora as investigações da Polícia Federal vão levantar a motivação para um ato dessa natureza. Pode ser alguém mentalmente perturbado, alguém transtornado psicologicamente pelo efeito de drogas ou álcool, como também pode ter o espírito de vingança, a conotação de um atentado político, tudo pode ser nesse momento', disse.

'Mas o sentimento nosso é de dizer à toda a população: muita calma, vamos torcer pela recuperação do Jair Bolsonaro.'

(Reportagem adicional de Ricardo Brito, em Brasília; Edição de Claudia Violante)

Escrito por Thomson Reuters

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