Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Venda de veículos no Brasil vai superar expectativas em 2018, deve avançar em 2019

Venda de veículos no Brasil vai superar expectativas em 2018, deve avançar em 2019

Thomson Reuters

06/12/2018

Placeholder - loading - Imagem da noticia "Venda de veículos no Brasil vai superar expectativas em 2018, deve avançar em 2019"

Atualizada em  06/12/2018

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria automotiva do Brasil deve encerrar 2018 com crescimento acima do esperado nas vendas de veículos novos, e seguir avançando em 2019, mas a produção não vai acompanhar o ritmo, pressionada por recuo das exportações para a Argentina, quadro que deve começar a ser revertido apenas a partir da segunda metade do próximo ano, segundo estimativas da associação que representa o setor, Anfavea, divulgadas nesta quinta-feira.

As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil acumularam crescimento de 15 por cento de janeiro a novembro sobre um ano antes ante expectativa da Anfavea para 2018 de alta de 13,7 por cento. Já a produção nos 11 primeiros meses do ano subiu 8,8 por cento sobre o mesmo período ante uma previsão da entidade de alta de 11 por cento.

'Felizmente erramos na previsão de vendas, deve encerrar o ano com uma alta de em torno de 15 por cento', disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale, a jornalistas. 'Quanto às exportações, achávamos que podíamos bater recorde neste ano, mas o número mais realista está mais próximo de 600 mil a 650 mil unidades', acrescentou.

A Anfavea começou o ano apostando em exportações recordes de até 800 mil veículos, o que corresponderia a um crescimento de cerca de 4 por cento sobre 2017, mas no acumulado do ano até novembro as vendas externas registram queda de 15,3 por cento, a 597,4 mil unidades.

A Argentina, que vive um quadro de forte queda na demanda por veículos em meio a uma crise econômica, é responsável por 70 por cento das exportações de veículos do Brasil. As vendas externas já tinham recuado em outubro e registraram nova queda em novembro, tombando 53 por cento no comparativo anual e 11,3 por cento no mensal, a 34,5 mil unidades.

Segundo Megale, as medidas tomadas pelo governo argentino para lidar com uma forte desvalorização do peso, que incluem um pacote de ajuda negociado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), devem surtir efeito apenas em meados do próximo ano, levando a reboque o mercado local de veículos e as exportações brasileiras.

Por conta dessa fraqueza nas vendas externas este ano, algo que a indústria nacional está tentando contornar com ampliação de exportações para mercados menores como Chile e Colômbia, a produção brasileira de veículos deve ficar abaixo das 3 milhões de unidades projetadas pela entidade, o que marcaria um crescimento de 11 por cento em 2018 ante alta de 8,8 por cento acumulada no ano até novembro.

O que está segurando a indústria de veículos neste ano é o mercado interno, que segue impulsionado por melhora do apetite dos bancos em financiar compras em meio ao ambiente de aumento na confiança dos consumidores e empresários e juros da economia na mínima histórica. Em novembro, a média de venda de veículos novos por dia útil foi de 11,5 mil unidades, mesmo valor de outubro e considerado pelo presidente da Anfavea como 'importante' ao sinalizar um forte volume de vendas em dezembro, o mês mais movimentado de vendas da indústria.

O presidente da Anfavea evitou fazer projeções precisas, mas disse que a entidade 'tem convicção' de que as vendas de veículos novos no Brasil em 2019 vão crescer pelo menos dois dígitos baixos, marcando um terceiro ano de expansão do setor. A expectativa é baseada nas projeções de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do próximo ano, de 2,53 por cento, ante 1,3 por cento em 2018.

Sobre a produção, o setor trabalha com um intervalo de crescimento de entre 5 e 10 por cento em 2019. Na véspera, o Instituto Aço Brasil (IABr), que reúne os produtores de aço do país, informou que a projeção para a produção de veículos em 2019 é de alta de 9 por cento.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Thomson Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.