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Produção industrial do Brasil cai em novembro e mostra perda de ritmo no fim de 2022

Placeholder - loading - Carros recém-produzidos em estacionamento de fábrica em São Bernardo do Campo, SP 05/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Carros recém-produzidos em estacionamento de fábrica em São Bernardo do Campo, SP 05/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A indústria do Brasil registrou em novembro recuo da produção, dando seguimento ao último trimestre do ano sem muito vigor diante da elevação da taxa de juros e fatores como inflação e inadimplência elevadas.

A produção caiu 0,1% em novembro na comparação com o mês anterior, depois de avanço de 0,3% em outubro, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esses resultados deixam o setor 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,5% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a indústria apresentou avanço de 0,9%. Os resultados ficaram em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters de baixa de 0,1% na comparação mensal e de avanço de 0,8% na base anual.

A indústria mostrou fraqueza no final de 2022 e acumula no ano até novembro contração de 0,6%, uma vez que, assim como o restante da economia, passou a sentir com mais intensidade o aumento da taxa de juros e a desaceleração da economia global, cenário que deve permanecer em 2023.

'O setor industrial vem apresentando maior dificuldade para se recuperar quando comparado com os setores de comércio e serviços, agravada pela política monetária contracionista. Esse deve ser o quadro que deve se repetir em 2023, com situação preocupante internamente em termos de juros elevados, mas também a perspectiva de crescimento global mais fraco', avaliou o economista Matheus Pizzani, da CM Capital.

TAXAS NEGATIVAS

Dos cinco resultados negativos apresentados no ano passado até novembro, quatro foram registrados a partir de junho, sob o peso ainda de inflação alta, inadimplência, trabalhadores fora do mercado e uma massa de rendimentos que avançou muito pouco, de acordo com o IBGE.

'Isso mostra o setor girando em torno de um mesmo patamar, mas com um viés negativo', disse o gerente da pesquisa, André Macedo, lembrando que no início de 2022 medidas do governo de incremento de renda e para impulsionar o setor ajudaram a indústria a ganhar ritmo.

“Há claramente uma trajetória descendente a partir de meados de 2022 porque os fatores conjunturais pesam mais que os estímulos pontuais. A indústria segue operando no patamar de janeiro de 2009, e isso mostra o espaço que ela tem que recuperar.'

Em novembro, as maiores influências negativas para o resultado do mês foram exercidas pelas indústrias extrativas (-1,5%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%) -- nesse caso relacionado à produção de eletrodomésticos da linha marrom, especialmente televisores.

Entre as categorias econômicas, a única taxa negativa aconteceu em bens de consumo duráveis (-0,4%), no terceiro mês consecutivo de queda.

Por outro lado, os produtores de bens de capital (0,8%), de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) e de bens intermediários (0,4%) registraram expansões em novembro.

Escrito por Reuters

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