Ray Charles: há 18 anos o pioneiro do Soul nos deixava

Ray Charles disse uma vez “Nunca quis ser famoso. Só queria ser bom”. Sendo assim, o pianista alcançou muito mais do que queria. Pioneiro no Sol na década de 1950, o artista ganhou 17 Grammy’s e se tornou doutor honorário em música pela Universidade da Flórida.

Aos 7 anos perdeu a visão por conta de um glaucoma. Mas o garoto se encontrou no piano, instrumento que aprendeu aos 5 anos e em suas letras e, mesmo com todas as dificuldades caiu na música de cabeça para toda a vida. “Nasci com a música dentro de mim, é a única explicação que aceito”, disse uma vez o cantor.

63 álbuns depois todos consideram que Ray Charles foi um grande musico. “Gênio, o único gênio de verdade no show business”, disse Frank Sinatra sobre Charles, que também foi o eleito o décimo entre os 100 melhores arista da revista Rolling Stone.

De um cover de Nat King Cole em 1947 até compositor de grandes sucessos, como “Hit The Road Jack”, “Ellie, My Love” e “ What kind of Man Ar You”. Charles evoluiu em sua carreira de forma impressionante.

Ray fundou sua própia banda e se trounou uma referencia. Do grupo surgiu niguém menos que Billy Preston que viria a tocar com os Beatles e ter uma grande carreira internacional. Também foi na banda de Ray Charles que nasceria a inspiração para que Stevie Wonder tocasse piano e desse os primeiros passos na sua carreira, ainda criança.

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Ray Charles Foudation

Fundada em 1986 Ray Charles fundou a Robinson Foudation. A instituição capitava e fazia doações para organizações que se encarregavam da educação de pessoas com problemas auditivos. Quando o artista anunciou que ajudaria deficientes auditivos muitas pessoas se espantaram, afinal sua deficiência era na visão. Mas, na realidade Charles não se considerava deficiente. “A impossibilidade de ouvir faz muito mais falta que a visão. Minha mãe uma vez me disse ‘você é cego, não estúpido’” contou o cantor.

Com vontade de ajudar, Charles começou a fazer doações anônimas para a compra de aparelhos de audição. Para o cantor existia uma diferença entre deficiência e potencial e queria ajudar a acabar com o preconceito.

Depois sua morte aos 73 anos a fundação se tornou a Ray Charles Foudation que mantêm vivo o espirito de caridade do artista.

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Ray

O filme “Ray”, de 2004 é a cinebiografia de Charles. Dirigido por Taylor Hackford e estrelado por Jamie Foxx o filme conquistou um óscar de melhor ator, além de um BAFTA e o Globo de Ouro.

Em duas e meia de filme a produção conta toda a vida e episódios marcantes do cantor. Desde sua primeira vez tocando piano até sua prisão e volta ao sucesso.

Confira um trecho do filme