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Rússia tenta retornar a Conselho de Direitos Humanos da ONU em desafio ao Ocidente

Placeholder - loading - Embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, discursa para membros da Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da entidade em Nova York 12/10/2022 REUTERS/David 'Dee' Delgado
Embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, discursa para membros da Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da entidade em Nova York 12/10/2022 REUTERS/David 'Dee' Delgado

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Por Michelle Nichols e Emma Farge

NAÇÕES UNIDAS/GENEBRA (Reuters) - A Rússia está buscando a reeleição para o principal órgão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na próxima semana, no que é visto como um teste crucial dos esforços ocidentais para manter Moscou diplomaticamente isolada devido à invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Em meio a sinais de 'fadiga' da guerra da Ucrânia, alguns diplomatas dizem que a Rússia tem uma chance razoável de ser votada para ser retornar ao Conselho de Direitos Humanos da ONU na votação secreta de terça-feira, 18 meses depois de ter sido destituída em uma campanha liderada pelos EUA.

'Acho que há um cansaço em relação à Ucrânia. E, em segundo lugar, muitas pessoas não querem que os órgãos da ONU sejam dominados por vozes ocidentais, para não mencionar as atitudes autoritárias', disse à Reuters um diplomata asiático graduado, falando sob condição de anonimato.

Os críticos da Rússia afirmam que uma vitória do país nesta votação, enquanto a guerra de quase 20 meses na Ucrânia ainda continua, destruiria a credibilidade do Conselho com sede em Genebra, um dos órgãos mais eficazes da ONU.

Mas Moscou está ativamente angariando os votos de países africanos, asiáticos e de outros países não ocidentais na Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, atacando o que considera ser a hipocrisia e o preconceito injusto dos Estados Unidos e de seus aliados.

'O Conselho de Direitos Humanos deve ser protegido contra o uso indevido como ferramenta para acerto de contas políticas e contra a prática de dois pesos e duas medidas', disse Vassily Nebenzia, embaixador da Rússia na ONU, na quinta-feira.

'Essas são as táticas de certos Estados... que se proclamam campeões dos direitos humanos', disse ele em uma recepção diplomática moderada na missão russa na ONU em Nova York, em um claro ataque às nações ocidentais.

Nebenzia estava falando poucas horas depois que um ataque com mísseis na região de Kharkiv, na Ucrânia, matou pelo menos 52 pessoas. Autoridades ucranianas e da ONU culparam a Rússia. Moscou não comentou, mas nega mirar deliberadamente alvos civis.

A Rússia enfrenta a Bulgária e a Albânia por dois assentos reservados para a Europa Oriental. Os candidatos aprovados precisam de uma maioria -- pelo menos 97 votos -- para ganhar um mandato de três anos a partir de 1º de janeiro.

'Há uma chance de que os membros da ONU que querem evitar apoiar a Rússia abertamente ajudem Moscou desta vez', disse Richard Gowan, do International Crisis Group.

Mas os países ocidentais são conhecidos por serem capazes de descobrir como os países votaram, acrescentou ele, 'portanto, acho que a candidatura russa ainda pode fracassar'.

A Assembleia Geral denunciou várias vezes, de forma esmagadora, a guerra da Rússia na Ucrânia, e Moscou tem enfrentado dificuldades para vencer várias votações da ONU.

A Assembleia Geral reuniu a maioria necessária de dois terços para suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos em abril do ano passado -- quase na metade do seu mandato de três anos e logo após a Ucrânia recapturar a cidade de Bucha e acusar Moscou de atrocidades em larga escala. A Rússia negou a acusação.

O conselho não tem poderes juridicamente vinculantes, mas suas reuniões aumentam o escrutínio e podem determinar investigações para documentar abusos que, às vezes, formam a base para processos de crimes de guerra.

Escrito por Reuters

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