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SAIBA MAIS- A guerra (de palavras) de Trump contra o Fed em 5 pontos

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Por Ann Saphir e Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - Com as ações dos Estados Unidos bem abaixo de suas máximas recordes em setembro e eleições cruciais a menos de duas semanas, o presidente Donald Trump elevou suas críticas sobre os aumentos de juros do Federal Reserve e sobre Jerome Powell, o homem que ele escolheu para liderar o banco central dos EUA.

Aqui estão algumas questões sobre os ataques verbais de Trump:

Qual é a crítica de Trump ao Fed?

Trump diz que o Fed está elevando os juros muito rápido, reduzido o impacto do estímulo econômico de cortes de impostos e desregulamentação e tornando mais difícil a vida de sua administração, à medida que as tarifas resultantes da guerra comercial dos EUA com a China e outros países começa a provocar impactos.

Em uma entrevista nesta semana com o Wall Street Journal, Trump também reclamou que o Fed, que vem aumento as taxas de juros durante seu mandato, depois de mantê-las próximas a zero durante a maior parte dos dois mandatos do presidente anterior Barack Obama, está dificultando o pagamento da dívida pelos Estados Unidos.

Há alguma evidência de que o Fed está segurando a economia?

É verdade que taxas de juros mais altas vão, eventualmente, esfriar a economia, que cresceu a uma taxa anualizada de 4,2 por cento no segundo trimestre, o dobro do crescimento potencial estimado. Muitos membros votantes do Fed esperam que os custos de empréstimos mais altos comecem a restringir o crescimento após dois ou três novas altas. As condições financeiras no geral têm permanecido favoráveis e o desemprego caiu ao menor nível em 49 anos, mesmo com o Fed elevando os juros três vezes sob Powell.

O que Trump pode fazer para influenciar a política do Fed?

Indiretamente, o presidente dos Estados Unidos pode modificar gradualmente a composição do órgão que decide sobre a política monetária com indicações sucessivas, escolhendo candidatos que são favoráveis a juros mais baixos e política mais frouxa. Entretanto, os integrantes do board indicados por Trump até agora aderiram largamente a Powell.

Trump indicou três outros candidatos para ocupar postos vagos no diretoria do Fed. Duas delas --a reguladora bancária de Kansas Michelle Bowman e a ex-funcionária do Fed Nellie Liang-- não são conhecidas por ter fortes preferências sobre a política de juros, enquanto um terceiro, Marvin Goodfriend, da Universidade Carnegie Mellon, é amplamente considerado a favor de juros altos.

Trump não têm poder sobre as indicações de presidentes regionais do Fed, que controlam cinco dos nove votos atuais na política monetária do Fed. Eles controlarão cinco de 12 votos, uma vez que todos os assentos do board forem ocupados.

Trump poderia tentar demitir Powell 'com causa' sob o Ato do Federal Reserve, embora decisões judiciais anteriores envolvendo outras agências indicam que desentendimentos sobre política não cumpriria este requisito. Uma outra opção, dado o quanto isso seria inquietante para o mercado financeiro, seria convencer o Congresso a emendar o Ato para permitir uma demissão mais fácil do chairman do Fed.

Outros presidentes dos EUA criticaram o Fed e pressionaram por uma mudança de curso, e com que efeitos?

Em décadas recentes, os presidentes dos EUA se mantiveram distantes da política do Fed, mas em um passado mais distante manifestaram publicamente seu descontentamento e impaciência com o banco central. George H.W. Bush culpou o chair do Fed à época, Alan Greenspan, por sua derrota eleitoral em 1992, e Lyndon B. Johnson teve embates em 1965 com o então chefe do Fed, William McChesney Martin, sobre aumentos de juros.

A cientista política da George Washington University Sarah Binder, que publicou um livro sobre as relações do Fed com autoridades eleitas, disse que embora os tuítes de Trump ganhem muita atenção, eles ficam longe das demandas feitas pessoalmente por presidentes a chefes do Fed nas décadas de 1960 e 1970.

Talvez de forma mais significativa, o presidente Richard Nixon substituiu Martin por Arthur Burns, que capitulou ante a pressão da Casa Branca por juros menores no que é amplamente visto como um erro de política que alimentou um aumento da inflação.

Como o Fed está respondendo e quais são os riscos dos ataques do Trump?

Até agora, os ataques verbais de Trump não tiveram um impacto perceptível no Fed, que vem se atendo ao plano de elevações graduais dos juros para níveis que considera mais apropriados para uma economia em crescimento e saudável.

Um risco é de investidores começarem a e perguntar se o Fed vai continuar a manter sua postura se Trump persistir nas críticas, criando uma incerteza sobre a direção da política monetária dos Estados Unidos e potencialmente diminuindo a confiança do mercado.

(Reportagem de Ann Saphir e Howard Schneider; reportagem adicional de Jonathan Spicer)

Escrito por Thomson Reuters

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