Sveriges Radio se torna 1ª grande emissora europeia a sair do Twitter
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ESTOCOLMO (Reuters) - A Sveriges Radio anunciou nesta terça-feira sua saída do Twitter, a primeira grande emissora pública europeia a se juntar a três da América do Norte que abandonaram a plataforma de mídia social na semana passada.
A rádio sueca disse que sua decisão foi tomada porque o Twitter perdeu relevância para o público sueco, não culpando uma nova política da empresa de rotular emissoras públicas como financiadas por governos.
De longe a maior emissora de rádio da Suécia, com 7,4 milhões de ouvintes semanais em 2021, a Sveriges Radio está no Twitter desde 2009. A empresa disse que o interesse dos suecos no Twitter diminuiu, citando um relatório que mostrou que apenas 7% da população do país usava o Twitter diariamente, em comparação com 53% para o Facebook e 48% para o Instagram.
As emissoras norte-americanas NPR e PBS e a canadense CBC deixaram o Twitter na semana passada, depois que a empresa de mídia social adicionou novos rótulos às suas contas, designando-as como 'mídia financiada pelo governo'.
Até agora, essa mudança parece ter sido aplicada na América do Norte, mas não na Europa Ocidental, onde a rádio sueca, a britânica BBC e outras são rotuladas como 'financiadas publicamente'.
Christian Gillinger, chefe de mídia social da rádio disse que a emissora não teve nenhum problema com sua designação: 'Com base na definição atual, é uma descrição correta de como a Sveriges Radio é financiada.'
As principais emissoras ocidentais argumentam que há uma clara diferença entre aquelas que recebem financiamento público, mas são editorialmente independentes, e aquelas que são administradas por governos.
Gillinger disse que a maioria das contas da Sveriges será excluída e outras serão rotuladas como inativas. Os repórteres individuais da emissora ainda são livres para usar o Twitter como bem entenderem. Ele disse que é preocupante, no entanto, que a plataforma de mídia tenha reduzido sua força de trabalho e que isso pode impactar negativamente a capacidade do Twitter de lidar com contas automatizadas, desinformação e discurso de ódio.
(Por Johan Ahlander)
Escrito por Reuters
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