NOTÍCIAS SOBRE doação de órgãos

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou nesta terça-feira (2) uma plataforma eletrônica para as pessoas formalizarem o desejo de serem doadoras de órgãos. A ferramenta é gratuita e está disponível para todos com mais de 18 anos.

Apesar da manifestação da vontade, a decisão final ainda cabe à família do falecido, conforme a legislação brasileira.

O estado de São Paulo registrou uma alta de 10% no número de doadores de órgãos em relação a 2022, no período entre janeiro e o dia 30 de agosto.

Segundo a Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde, foram 696 doadores neste ano e 631 no anterior.

O Brasil bateu recorde de doações de órgãos no primeiro semestre deste ano. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, o país alcançou uma média de 19 doadores por milhão de habitantes.

Foram realizados 4.247 transplantes no período, sendo quase três mil de rim, mais de mil de fígado e pouco mais de 200 de coração. Os estados que lideraram as doações foram Paraná, Santa Catarina e Rondônia. A maioria dos doares é homem, na faixa de 50 a 64 anos, vítimas de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

O super-resfriamento de fígados humanos a -4C° triplica o tempo que eles podem ser mantidos antes do transplante, em comparação com colocá-los no gelo, dizem pesquisadores dos EUA. Segundo relatórios da Nature Biotechnology, a tática reduz a taxa metabólica dos órgãos para evitar danos. Isso significa que os órgãos podem ser mantidos saudáveis ??por mais de um dia, o que, segundo os pesquisadores, poderia revolucionar os transplantes de órgãos. O próximo passo será avaliar por quanto tempo estes fígados funcionam em grandes animais, como porcos, antes de passar para ensaios clínicos em humanos. A equipe do Hospital Geral de Massachusetts e da Harvard Medical School foi pioneira na tecnologia em ratos há cinco anos. Na ocasião, os órgãos dos roedores foram restriados e os nutrientes e o oxigênio eram bombeados por seus vasos sanguíneos. No entanto, à medida que os órgãos aumentam, há um risco maior de formação de cristais de gelo, que podem romper as células e matar os tecidos. Por isso, a solução foi preparar o fígado para o super-resfriamento usando agentes de proteção que evitavam o congelamento. Experimentos com fígados humanos descartados mostraram que eles poderiam ser mantidos por 27 horas, em vez das típicas nove horas em que os órgãos são armazenados no gelo. A equipe de pesquisa disse que os resultados foram bastante animadores. Segundo o British Liver Trust, instituição de caridade do Reino Unido, centenas de pessoas morrem todos os anos esperando por um transplante. Pamela Healy, chefe da instituição, disse: "Encontrar novas maneiras de aumentar o número de órgãos disponíveis a qualquer momento é vital para reduzir o tempo de espera e aumentar as chances de um transplante bem-sucedido."Este projeto de pesquisa para aumentar o número de fígados disponíveis para transplante é bem-vindo. Aguardamos mais pesquisas sobre esse desenvolvimento”.