Trump ataca funcionária de tribunal após suspensão de ordem de silêncio em Nova York

Por Jack Queen

(Reuters) - Donald Trump não perdeu tempo para atacar a principal assistente de um juiz de Nova York na quinta-feira, depois que um tribunal de recursos suspendeu uma ordem de silêncio que proibia o ex-presidente dos Estados Unidos de falar publicamente sobre funcionários do tribunal em meio a seu julgamento por fraude civil.

Trump, o favorito para a nomeação presidencial republicana de 2024, foi à sua plataforma Truth Social algumas horas depois de a ordem de silêncio do juiz Arthur Engoron ter sido suspensa para dizer que a funcionária “odeia Trump” e para chamá-la de “politicamente tendenciosa e fora de controle”.

Engoron impôs a determinação em outubro, depois que Trump compartilhou uma foto de sua principal assistente nas redes sociais. Ele multou Trump em um total de 15 mil dólares por violação da decisão duas vezes, e alertou sobre consequências mais sérias para violações futuras, incluindo prisão.

Trump, seus dois filhos adultos e 10 de suas empresas são acusadas ​​no processo movido pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, de superestimar seu patrimônio líquido em até 2,2 bilhões de dólares para garantir valores melhores em negócios com instituições financeiras e seguradoras.

Trump negou qualquer irregularidade e acusou James, que é democrata eleita, e Engoron de preconceito político e “interferência eleitoral”.

Engoron já decidiu que Trump se envolveu em fraude, e o julgamento diz respeito em grande parte a indenizações.

James pede pelo menos 250 milhões de dólares em multas e que Trump e seus filhos Donald Jr. e Eric Trump sejam proibidos de atuar no setor imobiliário comercial em Nova York.

O julgamento, que deverá continuar até meados de dezembro, faz parte de um turbilhão de problemas jurídicos que Trump enfrenta enquanto faz campanha para desafiar o presidente democrata Joe Biden nas eleições de novembro de 2024.

(Reportagem de Jack Queen em Nova York)