Trump afirma que não descarta guerra com Venezuela, segundo NBC News
Trump afirma que não descarta guerra com Venezuela, segundo NBC News
Reuters
19/12/2025
Atualizada em 19/12/2025
19 Dez (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que está mantendo a possibilidade de guerra com a Venezuela sobre a mesa, de acordo com uma entrevista à NBC News publicada na sexta-feira.
'Não descarto essa possibilidade, não', declarou ele à NBC News em uma entrevista por telefone.
Trump também afirmou que haverá novas apreensões de petroleiros perto das águas venezuelanas, segundo a entrevista. Os EUA apreenderam um petroleiro sancionado na costa da Venezuela na semana passada.
'Se eles forem tolos o suficiente para continuar navegando, vão acabar voltando para um dos nossos portos', disse ele à NBC News.
Na terça-feira, Trump ordenou um 'bloqueio' de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela, na mais recente medida de Washington para aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, visando sua principal fonte de renda. O governo venezuelano, após a medida, rejeitou a 'ameaça grotesca' de Trump.
A campanha de pressão de Trump sobre Maduro inclui uma presença militar reforçada na região e mais de duas dezenas de ataques militares contra embarcações no Oceano Pacífico e no Mar do Caribe, perto da Venezuela, que mataram pelo menos 90 pessoas.
Trump também já afirmou que ataques terrestres dos EUA contra o país sul-americano começarão em breve.
Em sua entrevista à NBC, Trump se recusou a dizer se a remoção de Maduro é seu objetivo final, declarando à NBC News: 'Ele sabe exatamente o que eu quero'.
'Ele sabe melhor do que ninguém', acrescentou Trump, referindo-se a Maduro. A reportagem não deu mais detalhes.
Maduro alega que a ação dos EUA visa derrubá-lo e obter o controle dos recursos petrolíferos do país membro da Opep, que são as maiores reservas de petróleo bruto do mundo.
A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
(Reportagem de Surbhi Misra e Shubham Kalia em Bengaluru)
Reuters

