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Trump pediu à premiê japonesa para não agravar disputa com a China, dizem fontes

Trump pediu à premiê japonesa para não agravar disputa com a China, dizem fontes

Reuters

27/11/2025

Placeholder - loading - Donald Trump e Sanae Takaichi em Tóquio  28/10/2025   Kiyoshi Ota/Pool via REUTERS
Donald Trump e Sanae Takaichi em Tóquio 28/10/2025 Kiyoshi Ota/Pool via REUTERS

Atualizada em  27/11/2025

Por Tamiyuki Kihara e Yukiko Toyoda e Tim Kelly

TÓQUIO (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à primeira-ministra japonesa, Sanae Takiachi, que não acirrasse ainda mais a disputa com a China durante as conversas desta semana, segundo fontes com conhecimento do assunto, enquanto ele tenta preservar uma frágil trégua na guerra comercial com Pequim.

Takaichi desencadeou a maior disputa diplomática com Pequim em anos quando disse ao Parlamento neste mês que um hipotético ataque chinês a Taiwan que ameaçasse o Japão poderia justificar uma resposta militar.

Seu comentário enfureceu Pequim, levando-a a advertir seus cidadãos contra viagens ao seu vizinho do leste asiático.

Na ligação telefônica de terça-feira com Takaichi, Trump disse que não queria ver uma escalada maior, disseram as duas fontes do governo japonês, que pediram anonimato por se tratar de assunto delicado.

No entanto, Trump não fez nenhuma demanda específica a Takaichi, afirmou uma das fontes, sugerindo que ele não ecoou o apelo de Pequim por uma retratação. O Japão disse que as falas da premiê refletem a política governamental de longa data.

Em uma coletiva de imprensa regular na quinta-feira, seu secretário-chefe de gabinete, Minoru Kihara, recusou-se a comentar os detalhes da 'troca diplomática'.

EQUILÍBRIO ENTRE COMÉRCIO E TAIWAN

Essa conversa telefônica ocorreu depois que Trump conversou com o presidente chinês, Xi Jinping, que disse ao líder norte-americano que o retorno de Taiwan à China é fundamental para a visão de Pequim sobre a ordem mundial, informou a agência de notícias oficial Xinhua.

Taiwan, governada democraticamente, rejeita a reivindicação de soberania de Pequim.

Trump, que planeja viajar para Pequim em abril, não comentou publicamente se as conversas incluíram Taiwan, dizendo, em vez disso, que as duas maiores economias do mundo têm laços 'extremamente fortes' e estão perto de finalizar um amplo acordo comercial.

'O relacionamento dos Estados Unidos com a China é muito bom, e isso também é muito bom para o Japão, que é nosso aliado querido e próximo', declarou Trump em um comunicado divulgado pela Casa Branca em resposta a perguntas da Reuters.

'Assinamos acordos comerciais maravilhosos com o Japão, a China, a Coreia do Sul e muitas outras nações, e o mundo está em paz. Vamos continuar assim!'

Em Tóquio, algumas autoridades há muito se preocupam com o fato de que Trump pode estar disposto a suavizar o apoio a Taiwan em busca de um acordo comercial com a China, uma medida que elas temem que encoraje Pequim e desencadeie conflitos em um Leste Asiático cada vez mais militarizado.

'Para Trump, o que mais importa são as relações entre os EUA e a China', disse Kazuhiro Maejima, professor de política dos EUA na Sophia University. 'O Japão sempre foi tratado como uma ferramenta ou uma carta para gerenciar esse relacionamento.'

(Reportagem de Tamiyuki Kihara, Yukiko Toyoda e Tim Kelly em Tóquio; Trevor Hunnicutt em Washington)

Reuters

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