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UE chega a acordo sobre meta climática para reduzir as emissões em 90% até 2040

UE chega a acordo sobre meta climática para reduzir as emissões em 90% até 2040

Reuters

10/12/2025

Placeholder - loading - Bandeiras da UE em Bruxelas  20/9/2019   REUTERS/Francois Lenoir
Bandeiras da UE em Bruxelas 20/9/2019 REUTERS/Francois Lenoir

Por Disha Mishra e Kate Abnett

10 Dez (Reuters) - A União Europeia concordou nesta quarta-feira em estabelecer uma meta climática legalmente vinculante para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 90% em relação aos níveis de 1990 até 2040, e comprar créditos de carbono estrangeiros para cobrir 5% dos cortes de emissões, metas que ficaram aquém de seu plano original.

Os negociadores dos países da UE e do Parlamento Europeu chegaram ao acordo na madrugada de quarta-feira, segundo confirmaram em declarações separadas.

Na prática, a meta exigirá uma redução de 85% das emissões das indústrias europeias e o pagamento aos países em desenvolvimento por meio de créditos de carbono para cortar as emissões em nome da Europa para compensar o restante.

A meta vai além das promessas de corte de emissões da maioria das outras grandes economias, incluindo a da China. Ainda assim, ficou aquém do recomendado pelos consultores de ciência climática da UE e foi mais fraco do que o plano original de Bruxelas para a meta, refletindo a discordância entre os governos da UE sobre a velocidade e o custo de sua agenda verde.

'A meta atende à necessidade de ação climática e, ao mesmo tempo, salvaguarda nossa competitividade e segurança', disse o ministro dinamarquês do clima, Lars Aagaard, que negociou o acordo em nome dos governos da UE.

A UE também concordou em considerar a opção, no futuro, de usar créditos de carbono internacionais para cumprir mais 5% de suas reduções de emissões em 2040, o que poderia atenuar ainda mais os esforços domésticos necessários.

A meta, que foi projetada para manter a Europa no caminho de seu compromisso de ter emissões líquidas zero até 2050, representou um compromisso político após meses de negociações.

Países como Polônia, Eslováquia e Hungria se opuseram a cortes mais profundos de CO2, por considerá-los muito rigorosos para as indústrias que sofrem com altos custos de energia, importações chinesas mais baratas e tarifas dos EUA.

Outros membros da UE, incluindo Holanda, Espanha e Suécia, citaram o agravamento de eventos climáticos extremos e a necessidade de alcançar a China na fabricação de tecnologia verde como motivos para estabelecer uma meta alta.

O Parlamento e os países da UE devem aprovar a meta para que ela se torne lei -- geralmente uma formalidade que aprova acordos pré-estabelecidos.

Reuters

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