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Votação da UE sobre acordo comercial com Mercosul está marcada para próxima semana, diz Dinamarca

Votação da UE sobre acordo comercial com Mercosul está marcada para próxima semana, diz Dinamarca

Reuters

12/12/2025

Placeholder - loading - Ilustração mostra a bandeira da UE 24/04/2024 REUTERS/Dado Ruvic
Ilustração mostra a bandeira da UE 24/04/2024 REUTERS/Dado Ruvic

Atualizada em  12/12/2025

BRUXELAS, 12 Dez (Reuters) - Os países da União Europeia devem votar no início da próxima semana para determinar se o bloco deve assinar um acordo comercial controverso com o Mercosul até o final do ano, informou a Dinamarca, que detém a presidência rotativa da UE, nesta sexta-feira.

A UE e o bloco formado por Brasilm, Argentina, Paraguai e Uruguai chegaram a um acordo em dezembro passado para criar o maior acordo comercial da UE, cerca de 25 anos após o início das negociações. No entanto, a França e outros países da UE expressaram reservas, temendo que o aumento das importações prejudicasse seus agricultores.

A Comissão Europeia, que negociou o acordo, está buscando a aprovação dos membros da UE para que a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, possa viajar ao Brasil para assiná-lo.

'No planejamento da presidência dinamarquesa, a intenção é realizar a votação do acordo com o Mercosul na próxima semana para permitir que a presidente da Comissão assine o acordo no Brasil em 20 de dezembro. Isso não mudou', disse uma autoridade da presidência dinamarquesa nesta sexta-feira.

O resultado é incerto. A aprovação requer uma maioria qualificada de 15 membros da UE, representando 65% da população da UE. Alemanha, Espanha e os países nórdicos são claramente apoiadores. No entanto, a Polônia disse que se oporá ao acordo, enquanto as posições da França e da Itália não são claras. Se esses três países, além de mais um, votarem contra ou se abstiverem, o acordo será rejeitado.

O Executivo da UE apresentou o acordo para aprovação em setembro e procurou amenizar a oposição acrescentando um mecanismo que permitiria a suspensão do acesso preferencial do Mercosul a alguns produtos agrícolas, como carne bovina, aves e açúcar.

Os defensores do acordo, que seria o maior em termos de reduções tarifárias já alcançado pela UE, afirmam que ele é uma parte essencial da estratégia de diversificação da UE, que busca novos mercados e maior acesso a minerais essenciais em meio a perturbações geopolíticas na forma de tarifas dos EUA e restrições chinesas às exportações de chips e terras raras.

Alguns diplomatas da UE disseram que a França tentou adiar uma votação até janeiro e acreditam que agora é o momento de fazer ou desfazer o acordo.

'Se não assinarmos com o Mercosul nos próximos dias, ele (acordo) estará morto', disse um diplomata da UE. 'Se não conseguirmos chegar a um acordo sobre o Mercosul, não precisaremos mais falar sobre a soberania europeia. Nós nos tornaremos geopoliticamente irrelevantes.'

(Reportagem de Philip Blenkinsop e Andrew Gray)

Reuters

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