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Anvisa autoriza vacina da Pfizer contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos

Placeholder - loading - Sede da Anvisa em Brasília 23/02/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Sede da Anvisa em Brasília 23/02/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) -A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira o uso da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, mas ainda não há previsão para que o imunizante comece a ser usado nessa faixa etária, uma vez que o Ministério da Saúde ainda não adquiriu doses pediátricas da vacina.

O órgão regulador afirmou que os benefícios superam em muito os eventuais riscos da vacina, destacando a segurança do imunizante, a proteção para as crianças e o aumento da base de vacinados. Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu de imediato sobre a incorporação da vacina pediátrica no cronograma de imunização.

Em apresentação, o gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, defendeu o uso da vacina.

'Com base na totalidade das evidências científicas disponíveis, a vacina Pfizer-BioNTech Covid-19, quando administrada no esquema de 2 doses em crianças de 5 a 11 anos de idade, pode ser eficaz na prevenção de doenças graves, potencialmente fatais ou condições que podem ser causadas pelo SARS-CoV-2', informou.

A diretora da Anvisa Meiruze Sousa Freitas sugeriu uma série de medidas para o uso da vacina nas crianças. Segundo ela, o ideal é que a aplicação ocorra em ambiente segregado de adultos, evitando a modalidade 'drive-thru' e dar um intervalo de pelo menos 15 dias em relação a outras vacinas do calendário.

No caso de uso em aldeias indígenas, a diretora defendeu que a aplicação em crianças seja feita em dia separado e que não coincida com adultos.

A vacina pediátrica da Pfizer tem um terço do princípio ativo da usada em adolescentes acima de 12 anos e adultos e será aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias. Entretanto, não se pode diluir para essa concentração a vacina de adulto e ministrar em crianças.

O frasco do imunizante pediátrico tem coloração diferente, laranja, a fim de fazer uma identificação. O frasco para o público acima de 12 anos é roxo.

“A cada avanço na vacinação em uma nova faixa etária temos o sentimento de esperança renovado, a vacinação das crianças tem sido muito aguardada pelos pais. Recebemos com entusiasmo mais essa autorização da Anvisa para a vacina ComiRNAty e, com ela, a possibilidade de ampliar o combate à pandemia no Brasil”, disse a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, em comunicado.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, manifestou apoio à decisão da Anvisa e destacou que o imunizante já foi aprovado para essa faixa etária pela agência europeia EMA e pela agência norte-americana FDA.

'Tendo em vista que para dar início à vacinação nesta faixa etária será necessária formulação específica desta vacina com um terço da fórmula 'padrão' (10 microgramas por dose), o Conass aguarda posicionamento do Ministério da Saúde quanto à sua aquisição, o que é de sua competência', disse em nota.

'VIOLÊNCIA ANTIVACINA'

A conclusão da análise pela Anvisa ocorreu após a desenvolvedora Pfizer ter enviado dados complementares à agência. A análise foi feita pelo corpo técnico da Anvisa e também contou com a participação de representantes de sociedades médicas brasileiras.

Em fevereiro, a Pfizer foi a primeira farmacêutica a garantir registro definitivo para a vacina contra Covid-19 no Brasil, mesmo que na época o governo brasileiro ainda não tivesse acordo para compra do imunizante. Essa vacina, no momento, é uma das principais em uso no Brasil.

Em junho, a Anvisa havia autorizado o uso da Pfizer para crianças com mais de 12 anos.

A Anvisa recebeu também um pedido de avaliação pelo Instituto Butantan para uso da vacina CoronaVac para crianças de 3 a 11 anos.

Em uma espécie de desagravo da agência, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, criticou o que chama de 'violência antivacina' crescente e os ataques que o órgão vem sofrendo. Ressalvou que o Ministério da Saúde é 'soberano' para decidir se vai incorporar a vacina da Pfizer para crianças.

'Não é a autorização da Anvisa, o atesto, que coloca vacina no braço de ninguém', disse. 'Nossa análise dá a oportunidade para que o gestor nacional tome a sua decisão', reforçou.

Torres destacou que a pandemia não acabou, mas trabalha para evitar que no país ocorra cenas de superlotação de hospitais como vem ocorrendo na Europa em razão da variante Ômicron.

(Edição de Pedro Fonseca)

Escrito por Reuters

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