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Após turbulências, gasolina e diesel da Petrobras devem fechar 2018 em queda

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Por Marta Nogueira e José Roberto Gomes

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Os preços do diesel e da gasolina praticados pela Petrobras em suas refinarias devem fechar 2018 em queda, após um ano turbulento marcado por cotações recordes, críticas aos reajustes diários e mudanças que prometem limitar a volatilidade dessa política em 2019.

De acordo com dados disponibilizados pela petroleira e compilados pela Reuters, até esta sexta-feira o preço médio da gasolina nas refinarias acumulava recuo de quase 11 por cento em 2018, a 1,5087 real por litro.

No caso do diesel, a retração é menor, de cerca de 4,6 por cento, cotado a 1,8088 real por litro.

A perda acumulada no ano ocorre após a Petrobras lançar em meados de 2017 uma política para reajustes até diários, com o objetivo de seguir a paridade externa e dar maior competitividade à estatal no mercado brasileiro.

Os pilares por trás dessa sistemática são o câmbio e as referências internacionais do petróleo , que apresentaram forte volatilidade neste ano.

Em maio, uma valorização no mercado do petróleo e altos preços praticados pela Petrobras levaram a altas seguidas nos preços do diesel, que tocaram uma máxima de 2,3716 reais por litro no dia 22 daquele mês.

Tal valorização esteve no cerne dos históricos protestos de caminhoneiros, que afetaram a economia do país como um todo. Em meio ao impacto das paralisações, o então CEO da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão do cargo, e o governo anunciou uma subvenção econômica à comercialização do combustível, mantendo as cotações do produto mais estáveis nas refinarias.

O subsídio se encerra no próximo dia 31 e nesta sexta-feira a Petrobras anunciou que adotará a partir do próximo ano um mecanismo financeiro de proteção complementar à política de preços do diesel. Com isso, poderá manter os valores do óleo estáveis por até sete dias nas refinarias.

Trata-se de uma medida semelhante à já adotada para os preços da gasolina desde setembro, embora neste caso a manutenção das cotações nas refinarias possa se estender por até 15 dias.

Naquele mês, receios quanto à oferta global de petróleo e uma apreciação do dólar por causa das eleições levaram a gasolina da Petrobras para um recorde da era de reajustes diários, de 2,2514 reais por litro.

De lá para cá, contudo, o mercado passou a considerar uma maior disponibilidade de petróleo, e sucessivas quedas no exterior tiveram reflexo direto sobre os valores dos combustíveis comercializados pela Petrobras.

Do final de setembro para cá, os preços da gasolina e do diesel nas refinarias da estatal caíram 31,9 e 23,4 por cento, respectivamente.

Desde o início da política de reajustes até diários, há cerca de um ano e meio, gasolina e diesel da Petrobras ainda apresentam alta de 9 por cento e 14,8 por cento, respectivamente.

A Petrobras reiterou ao longo do ano, inclusive em propagandas comerciais, que seus preços não representam os valores finais nas bombas. Sobre a gasolina, recai ainda a mistura obrigatória de etanol anidro, ao passo que no diesel, a de biodiesel, sem falar nas margens de distribuidoras e revendedoras.

Escrito por Thomson Reuters

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