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Bolsonaro diz que deseja arejada na direção da PF; associação defende mandato para diretor-geral

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro conversa com ministro da Justiça, Sergio Moro, no Palácio do Planalto 17/06/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro conversa com ministro da Justiça, Sergio Moro, no Palácio do Planalto 17/06/2019 REUTERS/Adriano Machado

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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro chamou de 'babaquice' a reação de integrantes da Polícia Federal a declarações dele sobre trocas na corporação e disse que já conversou com o ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre possível mudança na direção da PF, que afirmou precisar de uma 'arejada', de acordo com entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quarta-feira.

“Essa turma (que dirige a PF) está lá há muito tempo, tem que dar uma arejada”, disse Bolsonaro à Folha, acrescentando que já está 'tudo acertado com Moro' sobre uma possível mudança na direção da PF, que é subordinada ao ministro da Justiça.

Bolsonaro provocou uma crise com Moro e a PF no mês passado ao indicar uma troca na chefia da Superintendência da PF no Rio de Janeiro, unidade que investiga seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Depois, questionado sobre uma possível ingerência no órgão, o presidente disse que era ele quem mandava na PF e, se fosse o caso, poderia mudar o próprio diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo.

O presidente posteriormente usou um evento no Palácio do Planalto para elogiar Moro e tentar acalmar o desgaste.

Ao comentar as declarações, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, disse que não iria entrar em um bate-boca com Bolsonaro, mas destacou que a solução para proteger a polícia é uma autonomia regrada, um mandato do diretor-geral e critérios técnicos de escolha do chefe da corporação e dos cargos técnicos.

'Isso é o remédio. Fora disso é bate-boca e não vamos entrar nisso não. Já nos manifestamos sobre as ameaças de intervenção e, para nós, o risco é o mesmo e continua o mesmo. Não tem um fato novo', disse.

No mês passado, a ADPF divulgou a chamada Carta de Salvador, na qual defende que 'é necessário e urgente que a Polícia Federal conquiste garantias constitucionais e legais para se tornar, de fato e de direito, uma polícia de Estado e não de governo'.

Na entrevista à Folha, Bolsonaro disse que mudanças feitas em superintendências da PF foram a razão de sua crítica à direção da polícia. “O motivo foi a troca de 11 superintendentes sem falar comigo. Fui sugerir para o Rio um de Manaus, aí teve essa reação toda. Isso é babaquice”, afirmou.

O presidente ainda negou que sua interferência na PF tenha relação com investigações envolvendo seu filho Flávio. “Já investigaram a vida da minha família inteira e não acharam nada”.

Segundo a Folha, Bolsonaro disse que não há, por enquanto, nenhuma definição sobre prazo de troca na PF, apesar de sua insatisfação.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Reportagem adicional de Ricardo Brito, em Brasília)

Escrito por Reuters

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