Bolsonaro diz que governo prepara medidas contra alta de combustíveis, critica paridade internacional
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Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que o governo federal prepara medidas para combater a alta dos preços dos combustíveis e afirmou que a paridade entre o valor do barril de petróleo no mercado internacional e o preço de combustíveis praticados nas bombas dos postos no Brasil 'não pode continuar'.
Em uma entrevista para uma rádio de Roraima, Bolsonaro confirmou que terá nesta segunda à tarde uma reunião para discutir o assunto. De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, estuda-se criar uma espécie de subsídio para garantir o preço local frente aos aumentos no mercado internacional, intensificados pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
'Hoje à tarde vamos fazer uma nova reunião, vamos buscar uma alternativa', disse. 'Se for repassar isso tudo agora (o aumento do petróleo no mercado internacional) daria um aumento de 50% nos combustíveis. A população não aguenta.'
Na entrevista, Bolsonaro voltou a criticar a regra interna da Petrobras que atrelou os preços dos combustíveis praticados no Brasil ao valor do barril do petróleo e à variação do dólar, adotada pela estatal no governo Michel Temer.
'Tem uma legislação errada feita lá trás que dá paridade entre preço do petróleo e o preço do combustíveis. Isso não pode continuar', afirmou.
Ao contrário do que disse o presidente, no entanto, a paridade não é uma lei, mas parte do estatuto da empresa.
Para a Petrobras, a norma garante a sanidade financeira da empresa, que deixou de subsidiar o valor dos combustíveis e repassa todos os aumentos às refinarias.
Escrito por Reuters
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