Bolsonaro espera que deputados cedam e incluam Estados em reforma da Previdência
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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira esperar que os deputados cedam e incluam os Estados na reforma da Previdência que tramita na Câmara, ao mesmo tempo que criticou o fato de que alguns governadores querem que a reforma seja aprovada com o voto contrário de seus próprios partidos.
'Eles pensam, os parlamentares, não é justo realmente os governadores quererem voto favorável de outros partidos. Eles estão torcendo para ser aprovado com o voto contrário daqueles partidos, estão querendo se cacifar politicamente', disse Bolsonaro a jornalistas em Buenos Aires, onde está em visita oficial.
'Tem desgaste, a Previdência, tem, mas todo mundo tem que estar no mesmo barco. Acho que eles vão ceder e vai ser, como nós gostaríamos que fosse, obviamente, uma reforma que pegue todo mundo e com o voto de todos os partidos também', disse o presidente.
Nesta quinta, 25 dos 27 governadores dos Estados e do Distrito Federal divulgaram uma carta em que pedem que Estados e municípios sejam atingidos pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
Entre os signatários do texto estão governadores de partidos de oposição, como os petistas Wellington Dias, do Piauí, e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte. Apenas os governadores da Bahia, Rui Costa (PT), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não assinaram o documento.
A possibilidade de Estados e municípios serem excluídos do texto final da reforma foi levantada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Apesar de defender pessoalmente a manutenção, Maia admitiu um movimento de parlamentares para que a alteração seja feita no relatório final da reforma.
Alguns parlamentares estariam descontentes com a falta de uma defesa enfática da reforma por governadores, que estariam deixando para os parlamentares o ônus político de aprovar a proposta, ao mesmo tempo que se beneficiariam do alívio fiscal trazido por ela.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
Escrito por Reuters
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