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Bolsonaro admite falta de diálogo e propõe pacto com Legislativo e Judiciário

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 30/04/2019  REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 30/04/2019 REUTERS/Adriano Machado

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro reconheceu em entrevista no domingo que precisa conversar mais com as lideranças do Congresso, afirmando ter parte da culpa pela falta de diálogo, e disse que vai propor nesta semana um pacto aos presidentes do Legislativo e do Judiciário para colocar o Brasil no destino que a população quer.

Ao comentar a relação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem já teve atritos públicos, Bolsonaro disse que deveriam conversar mais, e afirmou que irá se encontrar nesta semana com o deputado e também com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para alinhar a articulação do governo com o Congresso.

'Vou conversar com ele (Maia) durante a semana novamente, bem como com o Davi Alcolumbre, como pretendo conversar novamente com o Dias Toffoli (presidente do Supremo Tribunal Federal), para a gente ter um pacto entre nós para colocar o Brasil realmente no destino que toda a população maravilhosa quer', disse Bolsonaro em entrevista à TV Record, que foi ao ar na noite de domingo.

Bolsonaro disse que os Poderes estão em harmonia e descartou um 'litígio', mas reconheceu que é preciso melhorar a articulação para que o Congresso vote as pautas de interesse do governo.

'Nós não estamos em litígio, deixando claro, estamos em harmonia, mas acho que falta conversar um pouco mais e a culpa é minha também, para que nós coloquemos na mesa o que nós temos que aprovar, e o que nós temos também que revogar, porque tem muita legislação que atrapalha o crescimento do Brasil', afirmou.

'Falta nós, em Brasília, conversarmos um pouco mais e discutirmos o que nós temos que votar em especial, e juntos fazer aquilo que o povo pediu por ocasião das eleições e pediu também por ocasião das manifestações do dia de hoje', acrescentou, fazendo referência às manifestações de domingo em apoio ao governo.

De acordo com uma alta fonte do governo ouvida pela Reuters, Maia e Alcolumbre têm apoiado a agenda de reformas estruturais, com destaque para a reforma da Previdência, assim como ministros do STF.

O governo está 'otimista e confiante' na aprovação das medidas diante dos apoios recebidos, afirmou.

De acordo com a fonte, as manifestações de domingo em apoio ao governo e à reforma da Previdência fortaleceram o governo e colocaram pressão sobre o Congresso para aprová-la.

“O caminho da reabilitação da classe política é aprovar as reformas sem o toma-lá-dá-cá”, afirmou.

ESTUDANTES 'INOCENTES'

O presidente também aproveitou a entrevista para se retratar de declaração feita sobre estudantes que foram às ruas de diversas cidades do país em 15 de maio para protestar contra congelamento de recursos para a educação. Na ocasião, o presidente disse que os manifestantes eram 'idiotas úteis'.

'Eu exagerei, concordo, exagerei. O certo são inocentes úteis. São garotos inocentes, nem sabiam o que estavam fazendo', afirmou.

'A garotada foi para a rua contra corte na educação. Não houve corte, houve contingenciamento. Eu deixei de gastar, não tirei dinheiro... A molecada foi usada por professores inescrupulosos para fazer manifestação política contra o governo', afirmou.

(Por Pedro Fonseca; Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)

Escrito por Reuters

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