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Bolsonaro volta a atacar eleições e exige resposta do TSE a sugestões das Forças Armadas

Placeholder - loading - 31/03/2022 REUTERS/Adriano Machado
31/03/2022 REUTERS/Adriano Machado

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro fez novos ataques, nesta quarta-feira, ao sistema eleitoral brasileiro e exigiu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responda às sugestões apresentadas pelas Forças Armadas para as eleições de outubro.

Durante evento no Palácio do Planalto de desagravo ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) --beneficiado por perdão presidencial após ter sido condenado na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)--, Bolsonaro ressaltou ser ele o chefe supremo das Forças Armadas, e disse que os militares não seriam 'moldura' ou ficariam apenas 'batendo palmas' após serem chamados pelo TSE para participarem do processo eleitoral.

'A gente espera que nos próximos dias o nosso Tribunal Superior Eleitoral dê uma resposta às sugestões das Forças Armadas, porque eles nos convidaram e nós aceitamos, estamos colaborando com o que há de melhor que existe entre nós', afirmou.

'E essas sugestões todas foram técnicas, não se fala ali em voto impresso. Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições, mas precisamos de ter uma maneira --e ali naquelas nove sugestões existe essa maneira-- para a gente confiar nas eleições', reforçou.

O presidente disse que uma das sugestões é para que haja um computador para que as Forças Armadas também possam contar os votos no Brasil. Ele repetiu que haveria uma sala secreta do TSE em que se centraliza a apuração dos votos -- fato inverídico e que já foi rebatido várias vezes pela corte eleitoral.

Procurado para comentar as declarações de Bolsonaro, o TSE não respondeu de imediato.

Em tom de ironia, o presidente disse que se quer dar 'ar de legalidade' ao processo eleitoral ao convidar observadores internacionais, que, segundo ele, ficariam apenas olhando.

'Que observação é essa, que legalidade, com que segurança pode dizer que aconteceu as eleições', questionou.

Há duas semanas, a Reuters revelou que em março o TSE havia feito pela primeira vez um convite para a União Europeia ser observadora das eleições deste ano. Posteriormente, o Itamaraty divulgou um comunicado em que mostrou desagrado do governo com o convite feito pelo TSE.

No evento, Bolsonaro disse --sem mostrar evidências novamente-- que uma possível suspeição do processo eleitoral não atingira apenas o presidente, mas quem disputa outros cargos eletivos como senador e deputado federal.

Sem citar nomes, Bolsonaro disse que há alguns no Supremo que estariam mandando e desmandando no país. Para uma plateia repleta de parlamentares, ele afirmou ainda que quem está jogando fora das quatro linhas precisa ser levado 'para dentro das quatro linhas'.

Escrito por Reuters

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