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Campanha de Bolsonaro conversa com aliados de Alckmin em busca de apoio em segundo turno, diz dirigente do PSL

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Integrantes da campanha do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, começaram a conversar com lideranças de partidos que atualmente estão coligados com o adversário do PSDB, Geraldo Alckmin, a fim buscar um apoio à candidatura do militar da reserva para uma disputa de segundo turno, afirmou à Reuters o presidente licenciado do partido de Bolsonaro, Luciano Bivar.

'Cada um individualmente tem tido conversas. Estamos numa bifurcação bem definida. Se querem um candidato patrocinado por um cara que está na prisão e afundou o país --esse a gente sabe que é terrível-- e a favor de um sistema estatizante ou alguém que defende o livre mercado e está cercado de pessoas com boa intenção', disse Bivar, que não quis dar detalhes das conversas.

Na véspera, o coordenador da campanha de Bolsonaro em São Paulo, deputado federal Major Olimpio, admitiu haver conversas de dirigentes de partidos aliados ao tucano com a campanha de Bolsonaro para um eventual apoio no segundo turno, embora tenha destacado que ele não participa diretamente dessas tratativas.

Olimpio, que é candidato ao Senado, disse ser “natural” Bolsonaro receber o apoio de parte das legendas que apoiam Alckmin e citou dois exemplos: o do DEM e do Solidariedade, partidos que tradicionalmente fazem oposição a governos do PT. Ele aposta que o candidato petista Fernando Haddad estará no segundo turno contra Bolsonaro. Por outro lado, acredita que parte do PP e PR podem apoiar Haddad.

Embora o trabalho seja para começar a campanha para um segundo turno, provavelmente contra Haddad, Bivar afirmou que os aliados do candidato vão trabalhar para tentar garantir uma vitória do candidato ainda no primeiro turno na reta final do pleito, com a defesa do chamado voto útil. Isso ocorre quando eleitores acabam votando em candidatos que têm mais chances de vencer e não os de sua preferência.

Na mais recente pesquisa Ibope, Bolsonaro aparece com 35 por cento dos votos válidos no primeiro turno -- para se eleger na primeira etapa o candidato precisa ter metade mais um desse tipo de voto (quando são excluídos eleitores que anularam ou votaram em branco). Haddad, adversário mais próximo, tem 24 por cento dos votos válidos.

O dirigente partidário disse ser possível vencer na primeira etapa. Segundo ele, o eleitor não vai querer 'correr o risco de entregar o governo a um regime socialista' e que seria melhor votar logo em Bolsonaro a escolher outras opções de presidenciáveis como Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Podemos) e Marina Silva (Rede).

Bivar considerou que a estratégia de campanha de Alckmin, que começou a divulgar vídeos em que defende voto útil no tucano para fazer frente a Bolsonaro e a Haddad, acabou por beneficiar o candidato do PSL.

'Tenho a impressão que o Alckmin arranjou um marqueteiro que rema contra ele', ironizou o presidente licenciado do PSL, para quem 'parte significativa' dos votos ao tucano deve ir para Bolsonaro.

DEBATES E CPMF

Bivar reafirmou que o candidato a vice da chapa, o general da reserva do Exército Hamilton Mourão (PRTB), não vai representar Bolsonaro em debates. Essa decisão foi tomada na reunião da véspera, que o próprio Mourão, em entrevista mais cedo à Reuters, tinha relatado.

'A conclusão é que o Bolsonaro é insubstituível', disse. 'Entendemos que a presença, a representação física dele, ninguém está autorizado a representá-lo', disse.

O dirigente partidário preferiu não tecer comentários sobre polêmicas declarações de Mourão, como a de que seria possível fazer uma revisão constitucional por um grupo de 'notáveis' que não seja eleito pela população e a de que, em áreas carentes, a criação por mãe e avó pode levar a uma fábrica de desajustados que tendem a ingressar em quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas.

Bivar, contudo, negou que haja um desconforto na campanha com as falas do vice. 'Não, não, em absoluto', disse.

O dirigente disse ainda que a proposta de recriar um imposto sobre movimentação financeira aos moldes da CPMF não tem por objetivo aumentar a carga tributária. Ele explicou que, ao contrário, a ideia é reduzir o número de impostos e aglutiná-los em uma única alíquota.

Bivar conversou na reunião em São Paulo na véspera com o economista Paulo Guedes, principal assessor econômico da campanha, e na manhã desta quarta com o economista Marcos Cintra, que tem participado da elaboração do programa de economia do candidato do PSL.

'Não é criação de um novo imposto. É a aglutinação de vários impostos. Tínhamos antes um manicômio tributário. Com a mudança, vamos diminuir a carga tributária', afirmou.

Escrito por Thomson Reuters

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