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Chefe de política externa da UE propõe suspensão de diálogo com Israel por preocupações com a guerra em Gaza

Placeholder - loading - O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, durante uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros 04/11/2024  Chung Sung-Jun/Po
O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, durante uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros 04/11/2024 Chung Sung-Jun/Po

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Por Andrew Gray

BRUXELAS (Reuters) - O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, propôs que o bloco suspenda o diálogo político com Israel, citando possíveis violações de direitos humanos na guerra em Gaza, de acordo com quatro diplomatas e uma carta vista pela Reuters.

Na carta enviada nesta quarta-feira aos ministros das Relações Exteriores da UE antes de uma reunião na próxima segunda-feira, Borrell citou 'sérias preocupações sobre possíveis violações do direito humanitário internacional em Gaza' e disse que 'até agora, essas preocupações não foram suficientemente abordadas por Israel'.

O diálogo político está consagrado em um acordo mais amplo sobre as relações entre UE e Israel que entrou em vigor em junho de 2000 e inclui amplos laços comerciais.

'À luz das considerações acima, apresentarei uma proposta para que a UE invoque a cláusula de direitos humanos para suspender o diálogo político com Israel', escreveu Borrell.

Uma suspensão precisaria da aprovação de todos os 27 países da UE, o que, segundo os diplomatas, é muito improvável. Vários países se opuseram quando uma autoridade de alto escalão da UE informou os embaixadores em Bruxelas sobre a proposta nesta quarta-feira, disseram três dos diplomatas, sob condição de anonimato.

A proposta de Borrell tem a intenção de enviar um forte sinal de preocupação com a conduta de Israel na guerra, disse um diplomata.

Ela será discutida na reunião de ministros das Relações Exteriores, a última a ser presidida por ele antes do fim de seu mandato de cinco anos.

O Gabinete de Direitos Humanos da ONU disse na semana passada que quase 70% das mortes verificadas na guerra eram de mulheres e crianças, e condenou o que chamou de violação sistemática dos princípios fundamentais da lei humanitária internacional.

Israel disse rejeitar categoricamente o relato9. O Exército israelense afirmou que sua ação está 'de acordo com os princípios de distinção e proporcionalidade, e é precedida por uma avaliação cuidadosa do potencial de danos aos civis'.

A UE tem sofrido para encontrar uma posição forte e unificada sobre a guerra em Gaza, desencadeada por ataques de militantes palestinos do Hamas contra Israel em 7 de outubro do ano passado. O bloco pediu ao Hamas que libertasse todos os reféns israelenses e que ambos os lados respeitassem o direito internacional.

Alguns países da UE, como a República Tcheca e a Hungria, apoiam firmemente Israel, enquanto outros, como Espanha e Irlanda, enfatizam seu apoio aos palestinos.

(Reportagem de Andrew Gray)

Escrito por Reuters

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