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Crédito suplementar tem que ser aprovado até meio de junho para não prejudicar fluxo de pagamento, diz Mansueto

Placeholder - loading - Mansueto Almeida, em evento em São Paulo 7/2/2019 REUTERS/Stefani Inouye
Mansueto Almeida, em evento em São Paulo 7/2/2019 REUTERS/Stefani Inouye

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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou nesta quarta-feira que o projeto do governo que pede um crédito suplementar para seguir cumprindo a regra de ouro neste ano precisa ser aprovado pelo Congresso até meados de junho, entre os dias 14 e 16, para não prejudicar o fluxo de pagamento de nenhum dos gastos envolvidos.

Encaminhado aos parlamentares em março, o projeto de lei sobre o tema solicitou crédito de 248,9 bilhões de reais para este ano, incluindo 201,7 bilhões de reais para benefícios previdenciários, 30 bilhões de reais para o pagamento de Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e deficientes em condição de miserabilidade, e 6,6 bilhões de reais para 'inclusão social por meio do Bolsa Família, do Cadastro Único e da articulação de políticas sociais'.

O restante do crédito foi pedido para indenizações e restituições do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), e outras subvenções econômicas, como para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Em coletiva de imprensa nesta quarta, Mansueto afirmou que a solução para o projeto está sendo construída politicamente, mas reconheceu que o governo anterior --do qual fazia parte-- achava que a tramitação do projeto seria mais fácil, por envolver gastos socialmente sensíveis.

A equipe do então presidente Michel Temer calculou o buraco para a regra de ouro em 2019 e, no projeto orçamentário anual, separou uma série de gastos nesse montante, atrelando sua execução ao aval dos parlamentares, a ser pedido pelo próximo presidente eleito.

Nesta quarta-feira, o Tesouro atualizou seus cálculos e apontou que a insuficiência para a regra de ouro em 2019 é vista agora em 146,7 bilhões de reais, ante 110,4 bilhões de reais no relatório anterior, de março.

Mansueto reconheceu que o Congresso pode decidir aprovar os 146,7 bilhões de reais, em vez dos 248 bilhões originalmente pedidos, mas ressaltou que, nesse caso, também será necessário que os parlamentares mudem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) vigentes.

EXCEÇÕES À REGRA DO TETO

Mansueto também afirmou que, em solução costurada junto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do orçamento impositivo trará também uma solução para que o governo pague à Petrobras após a renegociação dos termos da cessão onerosa sem, com isso, infrigir a regra do teto de gastos.

Outras duas exceções para a regra do teto também estarão na PEC do orçamento impositivo: a divisão de recursos com Estados e municípios do bônus de assinatura do leilão do excedente do pré-sal e um compartilhamento, junto aos entes regionais, do fundo social do pré-sal.

Nos dois casos, ainda não está decidido quanto será destinado aos Estados e municípios, tampouco qual será o critério adotado para tanto.

Na avaliação do secretário do Tesouro, afrouxar a regra do teto de gastos para além dessas mudanças implicaria perder a única âncora fiscal hoje existente.

Durante a coletiva, Mansueto afirmou ainda que o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF) para Estados foi finalizado pelo Tesouro há três semanas e que deve ser encaminhado ao Congresso 'nesta semana, no mais tardar na próxima'.

Questionado sobre eventual empréstimo de fundos constitucionais diretamente a Estados, medida que nem sendo ventilada por governadores como um socorro possível, Mansueto afirmou que a iniciativa não está no Ministério da Economia e que o debate 'é muito mais junto à Casa Civil'.

Escrito por Reuters

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