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Fed desiste de altas de juros em 2019 e planeja frear redução de seu balanço

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Por Howard Schneider e Trevor Hunnicutt

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) adotou uma postura menos agressiva nesta quarta-feira, sinalizando que não aumentará as taxas de juros neste ano, em meio a uma economia em desaceleração, e anunciando um plano para encerrar seu programa de redução de balanço até setembro.

O Fed reiterou sua promessa de ser 'paciente' com a política monetária e disse que começará a desacelerar a redução de sua carteira de títulos do Tesouro em maio. A liquidação mensal cairá para 15 bilhões de dólares, ante 30 bilhões de dólares.

No todo, as informações significam que, depois de apertar a política monetária em duas frentes de uma vez no ano passado, o Fed agora está fazendo uma pausa para se ajustar ao crescimento global mais fraco e a uma perspectiva um pouco mais fraca para a economia americana.

'Pode levar algum tempo até que as perspectivas de emprego e inflação exijam claramente uma mudança na política (monetária)', disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após o final de uma reunião de política de dois dias.

'(Ser) 'Paciente' significa que não vemos necessidade de apressar o julgamento.'

A atualização das previsões econômicas, divulgada no final da reunião, também mostrou que os formuladores de política monetária abandonaram estimativas de qualquer aumento de taxa de juros em 2019, passando a ver apenas uma em 2020.

Os contratos futuros de Fed Funds passaram a indicar probabilidade máxima até aqui de queda de juros em 2020.

Mas, para Powell, a economia dos EUA está em um 'bom' estado e que a perspectiva é 'positiva'.

Ainda assim, ponderou Powell, há riscos contínuos, incluindo aqueles relacionados à saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a negociações comerciais dos EUA com a China e até mesmo às perspectivas para a economia norte-americana. O Fed está observando esses riscos de perto, segundo Powell.

'Os dados não estão enviando um sinal de que precisamos nos mover em uma direção ou outra, na minha opinião', disse Powell. 'É um ótimo momento para sermos pacientes.'

O dólar passou a mostrar firme queda no mundo após a sinalização do Fed.

'O Fed superou as expectativas 'dovish' dos mercados, o que prejudicou o dólar', disse Joe Manimbo, analista sênior de mercado da Western Union Business Solutions. 'O Fed fez uma grande reviravolta na política. O fato de o Fed ter jogado a toalha em uma subida de taxa de 2019 foi particularmente dovish.'

As novas projeções econômicas divulgadas mostraram enfraquecimento em todas as frentes em comparação com as previsões de dezembro, com o desemprego sendo um pouco maior neste ano, a inflação caindo e o crescimento econômico também menor.

'O crescimento da atividade econômica desacelerou em relação à sua sólida taxa no quarto trimestre', disse o Fed em comunicado no qual manteve a taxa básica de juros no intervalo entre 2,25 por cento ao ano e 2,50 por cento.

'Os indicadores recentes apontam um crescimento mais lento dos gastos das famílias e do investimento fixo das empresas no primeiro trimestre... a inflação global caiu.'

No entanto, o Fomc ('Copom' dos EUA) disse que considera o crescimento 'sustentado' como o resultado mais provável.

O Fed informou que encerrará o processo de redução de seu balanço em setembro, antes do que muitos analistas esperavam, desde que a economia e as condições do mercado monetário evoluam como esperado.

PROJEÇÕES EM BAIXA

Os formuladores de política monetária do Fed projetam o crescimento do Produto Interno Bruto desacelere para 2,1 por cento neste ano, ante previsão anterior de 2,3 por cento. A taxa de desemprego deve ficar em 3,7 por cento, ligeiramente acima da projeção de dezembro.

A inflação para este ano deve ser de 1,8 por cento, contra 1,9 por cento estimada em dezembro passado.

As novas projeções revelaram, de forma geral, um rebaixamento do cenário do Fed para a economia. Pelo menos nove dos 17 formuladores de política reduziram a trajetória esperada para os juros e coletivamente cortaram em 0,5 ponto percentual o juro esperado para o fim deste ano.

O Fed elevou a taxa de juros sete vezes no período 2017-18 e agora está se aproximando de uma pausa com o juro a 2,6 por cento. Isso deixaria a taxa básica de juros bem abaixo do padrão histórico. As projeções mostram que o Fed não espera mais precisar deixar a política restritiva para combater a inflação.

A decisão do Fomc nesta quarta-feira foi unânime.

Escrito por Thomson Reuters

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