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Fed eleva juro e sinaliza batalha agressiva contra inflação

Placeholder - loading - Fachada da sede do Federal Reserve em Washington, EUA 31/06/2013 REUTERS/Jonathan Ernst//File Photo
Fachada da sede do Federal Reserve em Washington, EUA 31/06/2013 REUTERS/Jonathan Ernst//File Photo

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Por Howard Schneider e Ann Saphir

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve elevou nesta quarta-feira os juros em 0,25 ponto percentual e apresentou um plano agressivo para empurrar os custos de empréstimos nos Estados Unidos a níveis restritivos no próximo ano, conforme preocupações com a alta inflação e a guerra na Ucrânia suplantaram riscos da pandemia de coronavírus.

O banco central norte-americano, em uma decisão surpresa, projetou o equivalente a 0,25 ponto percentual de aumento dos juros em cada uma das seis reuniões restantes neste ano, o que empurraria a meta de taxa de juros de referência para uma faixa entre 1,75% e 2% até o fim do ano.

Até o encerramento de 2023, a taxa básica de juros é vista em 2,8%, acima do nível de 2,40% que as autoridades agora avaliam que desaceleraria a economia.

Em coletiva de imprensa após a reunião, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que a economia está forte e que as autoridades aumentarão os juros de forma mais agressiva em futuras reuniões se necessário para controlar a inflação.

'A maneira como estamos pensando sobre isso é que toda reunião é uma reunião ao vivo', disse Powell. 'Vamos analisar condições em evolução e se concluirmos que seria apropriado agir mais rapidamente para remover as acomodações então é o que faremos.'

Powell afirmou que a economia está forte e deve 'florescer' mesmo em um ambiente de aumento dos custos de financiamento e de remoção de estímulos. 'É claramente hora de subir a taxa de juros e começar a encolher o balanço', disse ele.

Uma desaceleração, porém, já pode estar em andamento. Os formuladores de política monetária reduziram suas estimativas de crescimento em 2022 para 2,8%, de 4%, à medida que começaram a avaliar os novos riscos enfrentados pela economia global.

'A invasão da Ucrânia pela Rússia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. As implicações para a economia dos EUA são altamente incertas, mas no curto prazo a invasão e os eventos relacionados provavelmente criarão uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e pesarão na atividade econômica', disse o Fed em comunicado que abandonou sua menção de longa data ao coronavírus como o risco econômico mais direto enfrentado pelo país.

INFLAÇÃO TEIMOSA

O comunicado marcou o fim da batalha do banco central dos EUA contra a pandemia, após o Fed elevar o juro e prometer 'aumentos contínuos' para conter as maiores taxas de inflação em 40 anos.

A trajetória da taxa de juros mostrada nas novas projeções dos formuladores de política monetária se mostrou mais dura do que o esperado, refletindo a preocupação do Fed com a inflação, que se moveu mais rapidamente e ameaçou se tornar mais persistente do que o esperado, além de colocar em risco a esperança do banco central de uma mudança fácil da política monetária de emergência imposta para combater as consequências da pandemia.

Mesmo com as elevações mais fortes dos juros agora projetados, o Fed espera que a inflação fique em mais do que dobro de sua meta (2%) em 2022, caindo apenas para 2,7% em 2023 e para 2,3% em 2024.

A taxa de desemprego deve cair para 3,5% em 2022 e aí permanecer em 2023, mas deverá aumentar ligeiramente para 3,6% em 2024.

O novo comunicado disse que o Fed espera começar a reduzir seu balanço de quase 9 trilhões de dólares 'em uma próxima reunião'.

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, foi o único formulador de política monetária a discordar da decisão do Fed.

Escrito por Reuters

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