G7 se diz 'gravemente preocupado' com aprofundamento dos laços entre Rússia e Coreia do Norte
Publicada em
Atualizada em
ROMA (Reuters) - Ministros das Relações Exteriores de 10 países, incluindo os do Grupo dos Sete (G7), condenaram nesta sexta-feira transferências de armas da Coreia do Norte para a Rússia, dizendo que as armas estavam sendo usadas contra a Ucrânia.
Os ministros de Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos, juntamente com a União Europeia, pediram que a Coreia do Norte interrompa as exportações e também acabe com seu programa de armas nucleares.
'Nossos governos se opõem de forma resoluta a essas contínuas transferências de armas, as quais a Rússia usou para atacar a infraestrutura crítica da Ucrânia, prolongando o sofrimento do povo ucraniano', disseram em comunicado.
Os aliados ocidentais reafirmaram as recentes sanções que impuseram contra a Coreia do Norte e a Rússia, mas não apontaram nenhuma nova medida.
A Rússia disse neste mês que as alegações ocidentais de que estava cooperando militarmente com a Coreia do Norte eram imprecisas e que seu relacionamento com Pyongyang não era dirigido contra terceiros países nem ameaçava a segurança da região.
A declaração de sexta-feira conclamou a Coreia do Norte a abandonar 'todas as armas nucleares, mísseis balísticos e programas relacionados de maneira completa, verificável e irreversível', acrescentando que a diplomacia é a única maneira de trazer uma paz duradoura.
As tensões na península coreana aumentaram desde que a Coreia do Norte, no ano passado, desfez um pacto de 2018 que visava diminuir as tensões perto da fronteira militar, elaborado sob uma trégua que encerrou a Guerra da Coreia de 1950-53.
A declaração do Ocidente foi feita um dia depois que a Coreia do Norte disparou uma barragem de mísseis balísticos de curto alcance no que disse ser uma demonstração de sua disposição de lançar um ataque preventivo contra o 'regime de gângsteres' da Coreia do Sul.
(Reportagem de Crispian Balmer)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO