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Haddad diz que mais de 10 mil empresas brasileiras serão afetadas por tarifas dos EUA

Haddad diz que mais de 10 mil empresas brasileiras serão afetadas por tarifas dos EUA

Reuters

24/07/2025

Placeholder - loading - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 18/03/2025 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 18/03/2025 REUTERS/Adriano Machado

Atualizada em  24/07/2025

BRASÍLIA (Reuters) - Mais de 10 mil empresas brasileiras serão afetadas pelas tarifas de 50% sobre produtos do Brasil importados pelos Estados Unidos, disse nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentando que companhias norte-americanas também serão prejudicadas pela medida.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Haddad afirmou que o governo estuda uma série de medidas como plano de contingência à tarifa, inclusive linhas de crédito, e reiterou que o planejamento será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.

Haddad também voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus familiares por, segundo ele, usarem influência política sobre o governo do presidente Donald Trump para impedir uma possível negociação entre Brasil e EUA.

'Já estaríamos em uma mesa de negociação se não fosse a interveniência desses personagens', disse.

'Se os governadores que apoiaram Bolsonaro buscarem a interlocução e sensibilizarem esses personagens para desimpedir as negociações, tudo isso aí acaba muito rapidamente.'

A previsão é de que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros entre em vigor no dia 1º de agosto. Em sua carta anunciando a tarifa, Trump disse que a medida se devia, entre outros motivos, ao que chamou de 'caça às bruxas' contra Bolsonaro, que é réu em processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

O governo Lula vem fazendo rodadas de reuniões com empresas para avaliar potenciais impactos da medida e estudar possíveis respostas, mas tem encontrado dificuldades para fazer contato com o alto escalão do governo Trump e tentar uma negociação.

À noite, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, disse que a solução para o problema está no Brasil.

'Eu quero deixar uma dica: a solução do problema está aqui, está no Brasil. Vamos aprovar a anistia', disse Flávio. O senador defendeu ainda que Bolsonaro participe das eleições do próximo ano.

O ex-presidente está inelegível por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

(Por Bernardo Caram; reportagem adicional de Victor Borges)

Reuters

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