Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Intervenção no câmbio deve ser para disfuncionalidades e BC não reage a reprecificação, diz Campos Neto

Placeholder - loading - Presidente do BC, Roberto Campos Neto 07/03/2023 REUTERS/Adriano Machado
Presidente do BC, Roberto Campos Neto 07/03/2023 REUTERS/Adriano Machado

Publicada em  

Atualizada em  

Por Bernardo Caram e Luana Maria Benedito

(Reuters) - O Brasil tem uma taxa de câmbio flutuante e por isso o Banco Central só deve intervir no dólar em casos de disfuncionalidades, disse nesta quarta-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, acrescentando que a autoridade monetária não reage a reprecificações de prêmio de risco por parte dos mercados.

'Pensamos que o câmbio é flutuante, e isso é muito importante, é um absorvedor de choques que tem uma função muito relevante ao nos dizer onde a demanda por proteção está e o porquê', disse Campos Neto em reunião com investidores em Washington, nos EUA.

'Não reagimos ao fato de que as pessoas estão reprecificando nosso prêmio de risco. Reagir a isso é muito perigoso, porque há muitos jeitos diferentes de se proteger com o prêmio de risco no Brasil. Se você suprime muito um deles, há vazamento para o outro', acrescentou Campos Neto.

Como exemplo, ele afirmou que, se o BC interferisse muito intensamente no mercado de câmbio em meio a uma elevada demanda por proteção, poderia haver uma compensação no mercado de títulos, com 'explosão' na ponta longa da curva de juros.

Seus comentários vieram em resposta a pergunta sobre a possibilidade de intervenção depois que o dólar disparou na véspera pelo quinto pregão consecutivo, atingindo um pico intradiário próximo de 5,29 reais, com alguns agentes financeiros afirmando que isso justificaria atuação do BC.

A autarquia se manteve à margem e não interveio na terça-feira.

Depois de na véspera ter fechado em 5,2686 reais na venda, marcando máxima desde 23 de março de 2023 e acumulando ganho de mais de 5% em cinco sessões, o dólar tinha nesta tarde queda de 0,53%, a 5,2404 reais na venda.

O recente salto do dólar tem sido atribuído por membros do mercado a pessimismo crescente sobre quando o Federal Reserve começará a cortar os juros, a tensões geopolíticas crescentes e ao aumento da incerteza fiscal doméstica após o relaxamento da meta de resultado primário para 2025 pelo governo.

Em meio ao salto do dólar e a uma série de incertezas globais e domésticas, Campos Neto disse nesta quarta-feira que 'o importante para nós é como essas variáveis influenciam nossa estrutura e se achamos que isso é temporário ou se há uma mudança mais estrutural à qual devemos prestar atenção'.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. intervencao no cambio deve …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.