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IPCA-15 fecha ano a 10,42%, maior taxa em 6 anos

Placeholder - loading - Placas sinalizam preços da mercadoria em mercado do Rio de Janeiro 02/09/2021 REUTERS/Ricardo Moraes
Placas sinalizam preços da mercadoria em mercado do Rio de Janeiro 02/09/2021 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O IPCA-15 indicou que a inflação 'oficial' no Brasil deve encerrar 2021 no patamar mais elevado em seis anos, bem acima de 10%, mantendo os temores no país sobre pressões de preços e perspectiva de contínuo aperto da política monetária.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,78% em dezembro, de uma alta de 1,17% no mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados ficaram praticamente em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters com economistas, de alta de 0,80% na comparação mensal e de 10,45% na base anual.

O IPCA-15 é considerado uma prévia do IPCA, este referência para o regime de metas de inflação perseguido pelo Banco Central.

Apesar da desaceleração na taxa mensal, o IPCA-15 encerrou o ano de 2021 com avanço acumulado de 10,42% nos 12 meses até dezembro, muito acima da meta oficial --de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Essa é a maior taxa acumulada até o mês de dezembro desde 2015, quando o IPCA-15 fechou em 10,71%, e mostra uma forte disparada em relação à alta de 4,23% registrada nos 12 meses até o último mês de 2020.

Confirmando-se que o IPCA fechará bem acima do teto da meta, o Banco Central terá que divulgar uma carta explicando os motivos de o objetivo não ter sido cumprido, o que aconteceu pela última vez em 2017. Naquela ocasião, porém, a carta teve de explicar por que a inflação terminou o ano abaixo do piso da meta, e não acima, como acontecerá em 2021.

O ano ainda foi marcado pela pandemia de Covid-19, que afetou a cadeia de oferta global e provocou alta dos preços em todo o mundo.

A economia brasileira também teve pela frente alta de commodities e desvalorização da taxa de câmbio.

Diante da forte pressão inflacionária, o Banco Central intensificou o aperto monetário, e a Selic fecha o ano a 9,25%, taxa determinada no início de dezembro, depois de ter começado 2021 na mínima histórica de 2,0%.

GASOLINA

O maior aumento de custo dentro do IPCA-15 veio do grupo Transportes, uma vez que os preços desse grupo dispararam 21,35% em 2021.

Ele também exerceu a maior influência em dezembro, com alta de 2,31%, diante do salto de 3,40% dos combustíveis. A gasolina contribuiu com o maior impacto individual do mês ao subir 3,28%, com etanol (4,54%) e óleo diesel (2,22%) também em alta.

Ainda em 2021, os custos de Habitação dispararam 14,67%, enquanto os de Artigos de residência tiveram alta acumulada de 12,18%. Já Alimentação e Bebidas, com importante peso sobre o bolso dos consumidores, subiu 8,68%.

Em dezembro, Habitação teve alta de 0,90%, com a inflação da energia elétrica em 0,96% em meio à bandeira Escassez Hídrica. Alimentação e bebidas subiu 0,35%, e Artigos de residência avançou 1,19%.

Para 2022, a meta de inflação cai a 3,50%, também com margem de 1,5 ponto para mais ou menos. O mercado calcula que o IPCA terminará o próximo ano com alta de 5,03%, segundo a mais recente pesquisa Focus do BC, com a Selic a 11,50%.

Escrito por Reuters

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