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IPCA sobe 0,89% em novembro e tem maior alta para o mês em 5 anos

Placeholder - loading - Supermercado no Rio de Janeiro 10/05/2019 REUTERS/Pilar Olivares
Supermercado no Rio de Janeiro 10/05/2019 REUTERS/Pilar Olivares

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Por Isabel Versiani e Rodrigo Viga Gaier

BRASÍLIA (Reuters) - Sob a pressão do aumento dos preços de alimentos e da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve em novembro a maior alta do ano, de 0,89%, e o maior acréscimo para o mês em cinco anos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

O dado veio acima da expectativa de analistas. No acumulado em 12 meses, o índice teve alta de 4,31%, acima da meta central da inflação para o ano, que é de 4%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em novembro, os preços dos alimentos e bebidas continuaram pesando no bolso dos consumidores, ao responderem pela maior variação (2,54%) e maior impacto (0,53 ponto percentual) no IPCA. A segunda maior contribuição (0,26 ponto percentual) veio do grupo dos transportes (1,33%), com impulso do aumento dos preços da gasolina (1,64%).

'Por trás da alta dos alimentos temos um câmbio alto que estimula exportações, auxílio emergencial aumentando o poder de compra e tem ainda uma pressão de commodities mais cotadas no mercado internacional', disse a jornalistas Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.

Em 12 meses, a inflação do grupo alimentos e bebidas foi de 15,94%, a maior desde outubro de 2003 (+17,46%), segundo o IBGE.

O IPCA em 12 meses superou em novembro pela quarta vez desde dezembro de 2019 o centro da meta perseguida pelo Banco Central para 2020, de 4%.

'Esse acumulado ainda está influenciado pela inflação forte que tivemos em dezembro do ano passado por conta das carnes. Vamos ter que esperar para ver como vai ser o comportamento de dezembro deste ano', disse.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. Os grupos de saúde e cuidados pessoais e de educação tiveram variação negativa de 0,13% e 0,02%, respectivamente.

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,78% em novembro e de 4,20% em 12 meses.

O Banco Central já reconheceu uma pressão inflacionária mais forte no curto prazo, mas manteve sua mensagem de orientação futura em que se compromete a não aumentar os juros, mantidas algumas condições, e vem passando a mensagem de que não vê o movimento de alta da inflação adentrando 2021 e 2022.

O Comitê de Política Monetária (Copom) dá início nesta terça-feira a sua reunião de dois dias e anunciará na quarta-feira sua decisão sobre os juros, quando deve atualizar suas projeções para a inflação e sua avaliação de cenário.

O Goldman Sachs destacou que a recente dinâmica da inflação requer monitoramento para sinais de generalização das pressões sobre os preços, mas que a inflação de serviços e os núcleos de inflação devem continuar dando ao BC algum grau de conforto no curto e médio prazos.

'O grande hiato do produto, elevado nível de folga no mercado de trabalho e expectativas de inflação abaixo da meta para 2021 devem contribuir para manter a inflação bem ancorada, a nosso ver, a despeito da alta dos preços dos alimentos', disse o economista Alberto Ramos em nota.

Escrito por Reuters

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