Justiça aprova recuperação judicial da SouthRock, operadora da Starbuks no Brasil

(Reuters) - O Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou nesta terça-feira o pedido de recuperação judicial da SouthRock, que opera a rede de cafeterias Starbucks e a de restaurantes TGI Fridays no Brasil, conforme documento judicial.

A SouthRock havia entrado com pedido de recuperação judicial no fim de outubro.

'Com essa importante decisão, a companhia dará sequência ao processo de reestruturação de suas operações, já iniciado com o apoio de consultores externos e stakeholders, que tem como objetivo proteger as marcas que representa, os Partners (colaboradores), os consumidores e as suas lojas', afirmou a SouthRock em comunicado enviado à Reuters.

'Esta decisão estratégica tem como objetivo ajustar o modelo de negócio à atual realidade econômica e reforça o compromisso da SouthRock em defender a sua missão e seus valores, enquanto entra em uma nova fase de desafios.'

A companhia disse que os compromissos assumidos com seus credores serão respeitados, seguindo as etapas, determinações e prazos legais para o desenvolvimento do processo e aprovação do plano de recuperação judicial, e que as marcas de seu portfólio seguem operando normalmente.

A recuperação judicial inclui as marcas Starbucks, TGI Fridays e Brazil Airport Restaurants. Subway não entrou no pedido de recuperação judicial e Eataly foi retirado durante o processo, afirmou a SouthRock posteriormente.

A empresa opera cerca de 140 lojas da Starbucks no Brasil e nove TGI Fridays, segundo lista disponível em seu site.

Em comunicado, a Starbucks disse que a SouthRock gerencia diretamente o desenvolvimento de suas lojas, operações de varejo, cadeia de suprimentos e contratação em todo o Brasil.

'Como uma marca com presença em todo o mundo, temos conversas ativas e contínuas com nossos operadores licenciados como parte regular dos negócios', afirmou a Starbucks, acrescentando que não divulga o conteúdo dessas conversas.

A TGI Fridays não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters sobre a decisão judicial.

(Por Patricia Vilas Boas, Paula Arend Laier e André Romani)