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Lava Jato em SP denuncia Temer por lavagem em caso sobre reforma na casa de sua filha

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Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Michel Temer foi novamente denunciado em um caso ligado à operação Lava Jato, dessa vez em São Paulo e por crime de lavagem de dinheiro em uma acusação que envolve uma reforma feita na casa de Maristela Temer, filha do ex-presidente, na capital paulista.

De acordo com o Ministério Público Federal em São Paulo, a reforma foi paga com recursos de propinas pagas a Temer em troca de contratos para obras na usina nuclear de Angra 3.

Temer tornou-se réu nesta terça-feira na Justiça Federal do Rio de Janeiro por corrupção, lavagem e peculato (apropriação de verbas públicas) no âmbito da operação Descontaminação, que apura desvios na Eletronuclear, por meio de obras em Angra 3. Temer chegou a ser preso preventivamente neste caso e posteriormente solto.

Também foram denunciados pelos procuradores da Lava Jato em São Paulo a filha de Temer, como beneficiária da reforma, o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e amigo pessoal do ex-presidente João Baptista Lima Filho e Maria Rita Fratezi, mulher do Coronel Lima. Os dois são acusados de pagar a reforma, que teria custado 1,6 milhão de reais, em espécie.

Os procuradores da Lava Jato em São Paulo afirmam que o Coronel Lima é um 'faz-tudo' de Temer há 40 anos. Já os procuradores da República no Rio de Janeiro afirmam que Lima é operador financeiro do ex-presidente e que Temer comanda uma organização criminosa que opera desviando recursos públicos há 40 anos.

Em nota, o advogado Eduardo Carnelós, que representa Temer, negou o envolvimento do ex-presidente em irregularidades e disse que a denúncia da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo expressa crueldade por envolver a filha de Temer.

'Michel Temer não recebeu nenhum tipo de vantagem indevida, seja originária de contratação da Eletronuclear, seja originária de qualquer outra operação envolvendo órgãos públicos. Por isso, nunca poderia ter praticado lavagem de dinheiro ilícito, que nunca lhe foi destinado', afirmou Carnelós.

'A acusação hoje feita, além de absolutamente descabida e contraditória, também expressa a crueldade de quem, para persegui-lo, não se peja de envolver a filha dele, atingindo-o assim de forma ainda mais vil.'

O advogado Fernando Castelo Branco, responsável pela defesa da filha do ex-presidente, se declarou surpreendido com a denúncia, que classificou de 'infundada' e disse que a origem dos recursos usados na reforma é lícita.

'Com o respeito devido ao Ministério Público Federal, não houve preocupação em se verificar a veracidade dos fatos, inteiramente refletida nos esclarecimentos já prestados por ela quando ouvida perante a autoridade policial', disse o advogado.

'A origem dos valores utilizados para a reforma de sua residência é lícita e Maristela Temer jamais participou de qualquer conduta voltada à lavagem de dinheiro.'Temer também tornou-se réu, ainda na semana passada, na Justiça Federal do Distrito Federal no processo que trata do caso em que o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures recebeu, supostamente como intermediário do ex-presidente, uma mala com 500 mil reais que, de segundo o Ministério Público, era dinheiro de propina paga pelo grupo J&F, controladora da JBS.

Escrito por Thomson Reuters

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