Moro terá ampla liberdade para escolher nomes do ministério, diz Bolsonaro
Publicada em
Atualizada em
(Reuters) - O juiz federal Sérgio Moro terá 'ampla liberdade' para escolher os nomes que vão compor o Ministério da Justiça e Segurança Pública, disse o presidente eleito Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, em vídeo divulgado pelo Twitter.
Moro se reuniu com Bolsonaro no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, e aceitou o convite do presidente eleito para ocupar o cargo à frente da pasta, que deve se tornar um 'superministério'. [nL2N1XC115]
Segundo Bolsonaro, ambas as partes chegaram a '100 por cento de acordo' durante a conversa, quando Moro apresentou o que gostaria de fazer à frente do cargo e indagou se teria meios e liberdade para perseguir uma agenda de combate à corrupção, de acordo com o presidente eleito.
O juiz afirmou ao chegar ao Rio, na manhã desta quinta-feira, que sua decisão dependia de Bolsonaro concordar com algumas condições que teria para assumir o cargo.
Em nota divulgada após o encontro na casa do presidente eleito, Moro diz que a 'perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos' o nortearam na decisão de aceitar o convite.
'Por si só e pelo seu trabalho, (Moro) demonstrou ao povo brasileiro que é possível sim combater um dos maiores males que temos na nossa nação, que é a corrupção', disse Bolsonaro, acrescentando que o próprio juiz afirmou na conversa que a Operação Lava Jato não será esquecida.
Com a decisão de Bolsonaro e sua equipe econômica de enxugar ministérios, a Justiça volta a incorporar o atual Ministério da Segurança Pública, área que não está dentro das especialidades de Moro.
'Obviamente não é uma especialidade dele a segurança pública, mas bem assessorado e com a inteligência que lhe é peculiar, tomará as decisões adequadas nessa área', afirmou o presidente eleito.
No vídeo, Bolsonaro disse ainda que Moro começará a 'tomar pé da situação' a partir da semana que vem e participará da transição de governo assim que pedir sua exoneração da Justiça Federal.
(Por Laís Martins)
Escrito por Thomson Reuters
SALA DE BATE PAPO