Mulher que enviou ricina para Trump em 2020 é condenada a 22 anos de prisão

Por Kanishka Singh

WASHINGTON (Reuters) - Uma mulher foi condenada a quase 22 anos de prisão nesta quinta-feira por enviar cartas ameaçadoras contendo ricina caseira ao então presidente Donald Trump na Casa Branca, em setembro de 2020, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em um comunicado.

Pascale Cecile Veronique Ferrier, de 55 anos, que tem cidadania dupla do Canadá e da França, declarou-se culpada no início deste ano. Ela enviou cartas repletas de ricina a Trump e a oito policiais do Estado do Texas, de acordo com o Departamento de Justiça.

O envelope endereçado a Trump foi interceptado em setembro de 2020 nas instalações de triagem de correspondência da Casa Branca em Washington, onde funcionários do Serviço Postal norte-americano sinalizaram a carta como suspeita e contatou o FBI, de acordo com uma declaração do FBI apresentada à época com os documentos de acusação.

Ferrier foi presa dois dias depois na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos, entre Buffalo e Fort Erie, em Ontário.

Ela admitiu que produziu ricina em sua residência em Quebec, no Canadá, em setembro de 2020, disseram os promotores. A ricina é um veneno mortal feito a partir de sementes de mamona.

A sentença, de 262 meses de prisão, será seguida por uma vida inteira de liberdade supervisionada, disse o Departamento de Justiça nesta quinta-feira.

(Reportagem de Kanishka Singh)