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Nunes Marques pede vista e interrompe julgamento no STF sobre correção do FGTS

Placeholder - loading - Ministro do STF Nunes Marques 30/08/2022 REUTERS/Adriano Machado
Ministro do STF Nunes Marques 30/08/2022 REUTERS/Adriano Machado

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista nesta quinta-feira e prometeu devolver o mais breve possível o processo que questiona a atual correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Nunes Marques alegou que vai avaliar o memorial apresentado pela Advocacia-Geral da União que contesta os argumentos da ação, pedindo inclusive a extinção do feito.

Até o momento, os ministros Luís Roberto Barroso, relator da ação, e o colega André Mendonça foram favoráveis a garantir uma correção do FGTS pela poupança, com a consequente derrubada do atual uso da Taxa Referencial (TR).

Segundo duas fontes ouvidas pela Reuters, a maioria dos ministros deve seguir esses votos, mas uma delas destacou que, embora essa seja a tendência do plenário, sempre é possível haver novas teses divergentes para a correção do fundo.

Em seu voto, apresentado na semana passada, Barroso se manifestou a favor de uma correção do FGTS ao menos igual ao rendimento da caderneta de poupança. Defendeu também que os efeitos da decisão ocorram a partir da publicação da ata do julgamento, isto é, sem efeitos retroativos. Mendonça acompanhou-o integralmente.

O julgamento foi suspenso depois disso para ser retomado nesta quinta, mas foi interrompido agora, com o pedido de vista de Nunos Marques.

O processo preocupa o governo diante do potencial bilionário da causa ao mesmo tempo em que pode gerar ganhos aos trabalhadores com carteira assinada.

A ação movida em 2014 pelo partido Solidariedade questiona se é constitucional a atual forma de correção do saldo das contas do fundo, em que o FGTS rende 3% mais a Taxa Referencial (hoje em 0,15%) ao ano.

O partido alega que esse percentual de correção não preserva sequer a inflação corrente e leva à perda do poder aquisitivo do trabalhador.

Em memorial encaminhado a ministros do STF na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a defender a extinção da ação. O órgão que faz a defesa do governo alega que, por leis de 2017 e 2019, a remuneração das contas do FGTS foi alterada, uma vez que o fundo começou a distribuir uma parcela de seus lucros aos cotistas.

Escrito por Reuters

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