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Ocidente reprova vitória esmagadora de Putin nas eleições; China o parabeniza

Placeholder - loading - Putin faz discurso após fim das eleições na Rússia  18/3/2024    REUTERS/Maxim Shemetov
Putin faz discurso após fim das eleições na Rússia 18/3/2024 REUTERS/Maxim Shemetov

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Por Matthias Williams

LONDRES (Reuters) - Os governos ocidentais se alinharam na segunda-feira para condenar a vitória eleitoral esmagadora de Vladimir Putin como injusta e antidemocrática, mas a China e a Coreia do Norte parabenizaram o veterano líder russo por estender seu governo por mais seis anos.

As reações contrastantes ressaltaram as rupturas geopolíticas que se ampliaram desde que a Rússia lançou uma invasão em grande escala na Ucrânia há dois anos, desencadeando a mais profunda crise nas relações com o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.

'O processo eleitoral na Rússia ocorreu em meio à repressão acumulada contra a sociedade civil e todas as formas de oposição ao regime, com restrições ainda mais severas à liberdade de expressão e à proibição da mídia independente', disse o Ministério das Relações Exteriores da França.

'As condições para uma eleição livre, pluralista e democrática não foram atendidas.'

O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, afirmou que o resultado da eleição destacou a 'profundidade da repressão' na Rússia.

'Putin remove seus oponentes políticos, controla a mídia e depois se consagra vencedor. Isso não é democracia', disse Cameron.

Um porta-voz do governo alemão declarou que o chanceler Olaf Scholz não parabenizaria Putin por sua reeleição porque 'o resultado foi predeterminado'.

O Kremlin rejeitou essas críticas, dizendo que os 87% dos votos obtidos por Putin durante a eleição de três dias mostraram que o povo russo está unido em torno dele.

França, Reino Unido e outros países condenaram o fato de a Rússia também ter realizado sua eleição em regiões ocupadas da Ucrânia que ela alega ter anexado durante a guerra.

Essa decisão constitui 'uma nova violação da lei internacional e da Carta das Nações Unidas', disse a França, reiterando sua recusa em reconhecer as anexações russas e seu compromisso com 'a soberania (...) e a integridade territorial da Ucrânia'.

ELEIÇÃO 'ROUBADA'

O ministro da Defesa britânico, Grant Schapps, disse na plataforma de mídia social X: 'Putin roubou outra eleição, mas não roubará a Ucrânia'.

Um porta-voz da Casa Branca afirmou no domingo que a eleição da Rússia 'obviamente não foi livre nem justa'. O presidente norte-americano, Joe Biden, ainda não comentou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a eleição da Rússia não tinha legitimidade. 'Está claro para todos no mundo que essa figura (Putin)... está simplesmente doente pelo poder e está fazendo de tudo para governar para sempre', declarou Zelenskiy.

Em nítido contraste, o presidente chinês, Xi Jinping, parabenizou Putin e disse que Pequim manteria uma comunicação próxima com Moscou para promover a parceria 'sem limites' que eles acordaram em 2022, pouco antes de a Rússia invadir a Ucrânia.

'Acredito que, sob sua liderança, a Rússia certamente será capaz de alcançar maiores conquistas no desenvolvimento e na construção nacional', disse Xi a Putin em sua mensagem, segundo a Xinhua News.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, também enviou uma carta de congratulações a Putin, informou a agência de notícias estatal KCNA.

Escrito por Reuters

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