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Parece que Israel tem primazia de não cumprir decisões da ONU, diz Lula

Placeholder - loading - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita à fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo 02/02/2024 REUTERS/Carla Carniel
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita à fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo 02/02/2024 REUTERS/Carla Carniel

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(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que tem a impressão de que Israel possui a 'primazia' de não cumprir decisões tomadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), acrescentando que não vê explicação para o comportamento do país em sua ofensiva em Gaza que, sob pretexto de destruir o grupo militante islâmico Hamas, já matou milhares de crianças e mulheres, segundo autoridades palestinas.

'Me parece que Israel tem a primazia de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas', disse Lula durante declaração à imprensa no Cairo ao lado do presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi.

Em sua fala, Lula ainda lamentou voltar ao Egito, país que visitou durante seu primeiro mandato na Presidência, sem poder discutir questões como o crescimento econômico mundial e a distribuição de renda, devido ao crescente conflito no Oriente Médio e a continuação da guerra na Ucrânia.

Ele apontou que as instituições multilaterais criadas para evitar os conflitos militares internacionais não estão sendo capazes de cumprir seu papel, o que exigiria uma reformulação de suas estruturas.

'O que é lamentável é que as instituições multilaterais que foram criadas para ajudar a solucionar esses problemas não funcionam. Por isso o Brasil está empenhado para que a gente consiga fazer as mudanças necessárias nos órgãos de governança global', afirmou.

O presidente também voltou a pedir a reforma do Conselho de Segurança da ONU, com a inclusão de mais países, o fim do direito de veto por parte de alguns membros e a presença de países que sejam 'pacifistas' e não estimulem a guerra.

Lula reiterou seu pedido 'urgente' por um cessar-fogo definitivo em Gaza para que seja possível a entrada de ajuda humanitária ao povo palestino, indicando que não haverá paz sem o estabelecimento de um Estado palestino reconhecido internacionalmente.

'Não haverá paz sem um Estado palestino convivendo lado a lado com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas', disse.

O conflito entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro, quando o grupo militante lançou um ataque contra o sul do território israelense, provocando a morte de pelo menos 1.200 pessoas e o sequestro de 250 reféns.

A retaliação de Israel tem, desde então, gerado o deslocamento de milhões de palestinos e uma crise humanitária no enclave. De acordo com autoridades de Gaza, mais de 28 mil pessoas já morreram devido à ofensiva israelense.

Israel chegou a ignorar em novembro um pedido do Conselho de Segurança da ONU por pausas a fim de permitir ajuda humanitária em Gaza, mas aceitou uma curta trégua ainda no fim do ano passado em troca da libertação de dezenas de reféns capturados pelo Hamas.

(Por Fernando Cardoso, em São Paulo)

Escrito por Reuters

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