Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

PGR recorre de suspensão de investigações que usaram dados fiscais e bancários sem autorização judicial

Placeholder - loading - Brazil's Prosecutor General Raquel Dodge is seen after a meeting between Brazil's President Jair Bolsonaro and Paraguay's President Mario Abdo at the Itamaraty Palace in Brasilia, Brazil March 12, 201
Brazil's Prosecutor General Raquel Dodge is seen after a meeting between Brazil's President Jair Bolsonaro and Paraguay's President Mario Abdo at the Itamaraty Palace in Brasilia, Brazil March 12, 201

Publicada em  

SÃO PAULO (Reuters) - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu nesta terça-feira contra decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que suspendeu investigações que usaram dados fiscais e bancários obtidos junto a órgãos de fiscalização e controle --como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)-- sem autorização judicial.

No recurso, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, Dodge argumenta que a decisão de Toffoli pode ter impacto em investigações que estão em andamento e que a suspensão pode afetar a imagem do Brasil no exterior.

'Afora os casos que tramitam perante o Supremo Tribunal Federal, há uma infinidade de investigações e ações penais que poderão ser negativamente impactadas por conta do entendimento ora embargado, que perpassam pelas mais diversas espécies delitivas, não restritas a casos de corrupção ou crimes contra a administração pública', afirma a procuradora-geral.

Entre as investigações que podem ser atingidas, Dodge cita as apurações contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), contra o médium João de Deus, acusado de abuso sexual, e desdobramentos da operação Lava Jato que atingem, por exemplo, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

A PGR também destaca a importância de o Brasil cumprir as recomendações do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), para evitar que o país seja visto como “paraíso fiscal não cooperativo na repressão da lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo'.

Há uma semana, Toffoli suspendeu todos os processos que tramitam no país e que tenham por base o compartilhamento de informações da Receita Federal, Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com o Ministério Público sem autorização judicial.

A decisão foi tomada numa ação em que a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, alegava que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro de tinha usado informações levantadas pelo Coaf como um 'atalho' para investigar o parlamentar.

Flávio está sendo investigado pelo MP do Rio de Janeiro por suspeita de prática de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por desvio de recursos na Assembleia Legislativa do Estado na época em que era deputado estadual.

(Por Eduardo Simões)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. pgr recorre de suspensao de …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.