Rússia recorre a cartuchos de 40 anos em meio à queima de estoques, diz autoridade dos EUA

Por Phil Stewart e Idrees Ali

WASHINGTON (Reuters) - A Rússia está recorrendo a munições de décadas atrás com altas taxas de falha enquanto queima seus estoques para realizar sua invasão da Ucrânia que já dura quase 10 meses, disse uma autoridade militar dos Estados Unidos nesta segunda-feira.

'Eles têm retirado do estoque de munição envelhecido (da Rússia), o que indica que eles estão dispostos a usar essa munição mais antiga, algumas das quais foram originalmente produzidas há mais de 40 anos', disse a autoridade, falando sob condição de anonimato.

Os Estados Unidos acusam a Rússia de recorrer ao Irã e à Coreia do Norte para obter mais poder de fogo, conforme se esgotam seus suprimentos regulares de munição.

A autoridade militar graduada dos EUA avaliou que a Rússia queimará seus estoques de munição totalmente úteis até o início de 2023 caso não recorra a fornecedores estrangeiros e estoques mais antigos.

'Determinamos isso na cadência de tiro que a Rússia tem usado da sua artilharia e munição de foguete em termos do que chamaríamos de artilharia totalmente utilizável e munição de foguete. Eles provavelmente poderiam fazer isso até o início de 2023', disse a autoridade.

Usar os estoques mais antigos traz riscos, acrescentou.

'Em outras palavras, você carrega a munição e cruza os dedos e espera que ela dispare ou que, quando cair, exploda', disse a autoridade.

(Reportagem de Phil Stewart e Idrees Ali)