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Vendas no varejo recuam 0,2% em janeiro após tombo recorde no mês anterior

Placeholder - loading - Comércio no Rio de Janeiro 20/7/2020 REUTERS/Sergio Moraes
Comércio no Rio de Janeiro 20/7/2020 REUTERS/Sergio Moraes

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Por Isabel Versiani e Rodrigo Viga Gaier

BRASÍLIA (Reuters) - O setor de varejo do Brasil abriu o ano com novo recuo, após queda histórica em dezembro, acusando os impactos do fim do auxílio emergencial e das medidas de contenção do coronavírus, que no último mês já foram endurecidas em várias cidades do país em meio à escalada das mortes pela Covid-19.

As vendas no varejo brasileiro recuaram 0,2% em janeiro na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado, e caíram 0,3% sobre um ano antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,3% na comparação mensal e de retração de 0,25% sobre um ano antes.,

O terceiro mês consecutivo de taxas negativas para o varejo na comparação mensal se dá após a suspensão do pagamento do auxílio emergencial no fim de dezembro, mês em que o comércio sofreu uma retração recorde para o período, de 6,2%, após recuo de 0,1% em novembro.

Em janeiro, por outro lado, o país ainda não enfrentava o endurecimento mais generalizado das iniciativas de distanciamento social promovidas a partir do mês seguinte, quando o recrudescimento da Covid-19 em todo o território nacional ficou mais evidente, trazendo dificuldades adicionais ao comércio.

No mês, seis das oito atividades pesquisadas mostraram queda de vendas sobre dezembro, com destaque para o grupo Livros, jornais, revistas e papelaria, com retração de 26,5%, e Tecidos, vestuário e calçados, queda de 8,2%. O setor de Hiper e supermercados --que tem o maior peso do varejo-- caiu 1,6%.

O segmento Outros artigos de uso pessoal e doméstico liderou as altas, com aumento de 8,3%.

“Janeiro teve o lockdown no Amazonas e restrições no resto do país, e isso influencia o setor do comércio', disse o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos.

'Temos uma inflação mais alta e o fim do auxílio emergencial como outros efeitos negativos', acrescentou o especialista, destacando que o setor de hiper e supermercados foi o que mais sofreu com o fim dos repasses da ajuda financeira do governo às famílias vulneráveis.

O IBGE considera a retração de 0,2% estabilidade, mas Santos destacou que, ao contrário de novembro, em que o recuo de 0,1% se deu sobre um pico de vendas, o desempenho fraco de janeiro aconteceu após uma forte queda.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a retração se deu após sete meses consecutivos de alta.

No chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 2,1% em relação a dezembro de 2020, segundo mês consecutivo de variação negativa.

A queda foi puxada pelo grupo Veículos, motos e peças, cujas vendas encolheram 3,6%. Segundo Santos, o setor, que tem o segundo maior peso no comércio, foi um dos que mais sentiram as restrições ao funcionamento de estabelecimentos comerciais em janeiro.

O comércio teve queda em 23 das 27 unidades da federação em janeiro, com a maior retração acontecendo no Amazonas (-29,7% sobre dezembro), onde foi declarado lockdown depois de um colapso do sistema de saúde devido à pandemia.

Outros Estados com quedas fortes do varejo foram Rondônia (-9,1%), Ceará (-4,9%), Mato Grosso (-4,2%) e Santa Catarina (-4,1%). Os únicos quatro Estados que tiveram aumento nas vendas no mês foram Minas Gerais (8,3%), Tocantins (3,7%), Acre (1,1%) e Mato Grosso do Sul (0,8%).

Escrito por Reuters

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