Ação da Meta salta com previsão de receita trimestral acima do esperado

Por Jaspreet Singh e Echo Wang

(Reuters) - A Meta projetou uma receita bem acima das expectativas de Wall Street para o terceiro trimestre, e elevou o limite inferior da sua previsão de investimentos para o ano, levando suas ações a subirem 10% nas negociações pós-mercado.

Para o terceiro trimestre, a Meta espera uma receita total de US$47,5 bilhões a US$50,5 bilhões, contra estimativa média de analistas de US$46,17 bilhões, segundo dados compilados pela LSEG.

Em comunicado, a empresa afirmou que a projeção para o terceiro trimestre pressupõe um benefício de 1% decorrente de um dólar enfraquecido.

A Meta disse que, embora não estivesse fornecendo uma perspectiva para a receita do quarto trimestre, espera que a taxa de crescimento ano a ano no período seja mais lenta do que no terceiro trimestre.

A gigante das mídias sociais elevou o limite inferior do seu guidance de investimentos (capex) para o ano em US$2 bilhões, com o impulso de sua aposta na 'superinteligência' em meio à disputa acirrada na área de inteligência artificial.

A dona do Facebook e do Instagram agora prevê capex entre US$66 bilhões e US$72 bilhões.

O treinamento e a implementação de sistemas avançados de IA continuam sendo um empreendimento de capital intensivo, exigindo hardware caro, recursos massivos de computação e profissionais de engenharia de alto nível.

Após uma recepção morna do seu modelo Llama 4, que levou à saída de funcionários, a Meta tem tentado revitalizar seus esforços em IA, levando a uma disputa por talentos.

O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, também tem prometido gastar centenas de bilhões de dólares para construir grandes data centers de IA, tendo desembolsado US$14,3 bilhões por uma participação na Scale AI e contratado o presidente-executivo da startup, Alexandr Wang, de 28 anos.

Para financiar a investida, Zuckerberg está se apoiando na enorme base de usuários da Meta e nas melhorias no engajamento de conteúdos com apoio da IA, o que o torna uma aposta estável para os anunciantes, mesmo em tempos de incerteza econômica.

(Reportagem de Echo Wang em Nova York, Kenrick Cai em San Francisco e Jaspreet Singh em Bengaluru)