Alckmin afirma ser contra intervenção militar na Venezuela, mas defende novos canais de diálogo
Alckmin afirma ser contra intervenção militar na Venezuela, mas defende novos canais de diálogo
Thomson Reuters
17/09/2018
BRASÍLIA (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira ser contra uma intervenção militar na Venezuela, mas defendeu que o Brasil abra novos canais de diálogo a fim de tentar ajudar a resolver questões da nação vizinha.
“Sou contra qualquer intervenção de natureza militar. Política feita com P maiúsculo é preciso fazer com princípios e valores', disse Alckmin em entrevista coletiva a agências internacionais e correspondentes estrangeiros na sede do PSDB, em Brasília.
'Temos que abrir o canal, a Venezuela vive uma situação extremamente grave, temos que abrir conversas e recriminar qualquer governo que não seja democrático. Defesa intransigente da democracia, isso é um valor em si próprio”, acrescentou.
O tucano defendeu também um apoio ao Estado de Roraima a fim de apoiar os refugiados venezuelanos que têm ingressado no Brasil pela fronteira em Pacaraima. Alckmin citou que o país tem uma tradição humanitária de apoiar quem precisa e, por isso, é preciso “lutar firmemente pela Venezuela”.
ABERTURA COMERCIAL
O candidato do PSDB afirmou que, se eleito, vai buscar novos parceiros comerciais para o Brasil e reduzir o protecionismo da economia brasileira. Segundo ele, esse é um caminho para recuperar o emprego e retomar a atividade econômica.
Alckmin citou novamente que o país só fechou três importantes acordos comerciais nos últimos anos, e que pretende ser um “vendedor do produto brasileiro, no bom sentido”.
“Brasil precisa ter uma inserção maior no cenário internacional”, disse. “Defendemos uma ação muito ativa e forte no sentido de acordos comerciais com a União Europeia e o TPP, vamos trabalhar para entrar no Transpacífico”, exemplificou.
O candidato disse ainda que a relação do Brasil com a China é boa e tende a crescer. “A China é um grande investidor do Brasil, um grande parceiro comercial, é importantíssima (essa relação)”, afirmou, sem detalhar ações que poderia ter com o país mais populoso do mundo.
(Por Ricardo Brito)
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