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Bolsonaro reconhece sentimento de mudança e buscará virada ao mostrar que mudar pode ser pior

Placeholder - loading - 02/10/2022 Andre Coelho/Pool via REUTERS
02/10/2022 Andre Coelho/Pool via REUTERS

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), reconheceu neste domingo que há um 'sentimento de mudança' no país, mas vai trabalhar para mostrar que algumas mudanças ao comentar a disputa que terá no segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Palácio do Planalto.

'Eu entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro, que sentiu o aumento dos produtos. Em especial, da cesta básica. Entendo que há uma vontade de mudar por parte da população, mas tem certas mudanças que podem vir para pior', disse ele, em entrevista coletiva no Palácio da Alvorada.

Bolsonaro admitiu que há um sentimento na população de que a vida não ficou igual a antes da pandemia, ficou pior e que a tendência é buscar o responsável que seria ele, o chefe do Executivo. Entretanto, ele destacou que no segundo turno, com tempo de campanha igual ao concorrente e quatro semanas a mais, terá 'muita coisa para apresentar'.

Bolsonaro disputará o segundo turno contra Lula no próximo dia 30. Com 99,93% das seções totalizadas, o petista tinha 48,41% dos votos válidos ante 43,21% do candidato à reeleição.

URNAS

Questionado, Bolsonaro não quis afirmar se confiava no resultado da votação apontada pelas urnas eletrônicas. Ele disse que vai esperar o parecer das Forças Armadas que acompanharam o processo eleitoral hoje para se pronunciar.

Em uma iniciativa inédita em uma eleição, o Ministério da Defesa escalou uma equipe de militares para fazer uma contagem de votos por amostragem de 380 urnas eletrônicas. Essa medida visa aferir se há coincidência entre o resultado divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o das Forças Armadas.

Durante todo o seu mandato, Bolsonaro fez críticas e levantou suspeitas, sem provas, sobre a confiabilidade do sistema de votação brasileiro. Ele chegou inclusive a insinuar que poderia não aceitar uma derrota nas urnas eletrônicas.

ALIANÇAS

O candidato à reeleição afirmou que existe a possibilidade 'bastante avançada' de conversar com Romeu Zema (Novo), governador reeleito de Minas Gerais no primeiro turno, em busca de um apoio para a sua campanha. Segundo ele, Zema declarou que com o PT não fica, o que, em sua avaliação, é uma sinalização para ele. Lula venceu no Estado por uma margem estreita, abaixo do indicado em pesquisas de intenção de voto.

O presidente disse que já recebeu também um telefonema do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), correligionário também reeleito em primeiro turno. Ele avaliou que, até o primeiro turno, os candidatos estavam muito mais preocupados com a campanha deles do que com a presidencial e que agora poderão se dedicar à disputa presidencial.

'Creio que a gente vai fazer boas alianças para ganhar as eleições', afirmou ele, sem revelar se já há um roteiro de viagens de campanha para os próximos dias e que isso será discutido ainda.

Bolsonaro criticou duramente as pesquisas eleitorais ao dizer que elas estão 'desmoralizadas' por terem apontado um resultado muito diferente do das urnas.

O presidente também afirmou que, se não for reeleito, vai cuidar da vida ao citar que já está com 67 anos. Mas destacou que ainda gostaria de dar a sua contribuição.

O candidato à reeleição voltou a criticar a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dizendo, por exemplo, que os últimos estariam perseguindo ele e tomando decisões lamentáveis.

Escrito por Reuters

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