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Desemprego no Brasil cai a 14,1% no 2º tri, mas mercado de trabalho ainda busca recuperação

Placeholder - loading - Mulher fotografa cartazes com oportunidades de emprego no centro de São Paulo 30/09/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Mulher fotografa cartazes com oportunidades de emprego no centro de São Paulo 30/09/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

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(Corrige título para taxa de 14,1%, não 14,4%)

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil chegou ao final do segundo trimestre com queda na taxa de desemprego devido ao aumento da ocupação, mas ainda com 14,4 milhões de pessoas sem trabalho e com o mercado ainda buscando recuperar-se da crise recente.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego chegou a 14,1% no trimestre até junho, de 14,6% nos três meses até maio.

O resultado da Pnad Contínua mostrou queda em relação à taxa de 14,7% vista no primeiro trimestre, mas ainda ficou bem acima dos 13,3% no mesmo período de 2020.

A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 14,4% no período.

Com o mercado de trabalho ainda buscando se recuperar da crise provocada pela Covid-19, a população enfrenta disparada da inflação e consequente aumento dos juros.

Nos três meses até junho, eram 14,444 milhões de desempregados no Brasil, o que representa uma queda de 2,4% na comparação com o primeiro trimestre, mas alta de 12,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Por sua vez, o total de pessoas ocupadas aumentou 2,5% sobre os três primeiros do ano e chegou a 87,791 milhões, e ainda subiu 5,3% sobre o segundo trimestre de 2020.

'A desocupação subiu muito em 2020. Ela segue alta, mas tem mostrado retração nos últimos trimestres, mas ainda longe de ter uma melhora que recupere as perdas de 2020', explicou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Com esse aumento, o nível de ocupação subiu 1,2 ponto percentual, para 49,6%, mas isso ainda indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.

“O crescimento da ocupação ocorreu em várias formas de trabalho. Até então vínhamos observando aumentos no trabalho por conta própria e no emprego sem carteira assinada, mas pouca movimentação do emprego com carteira', destacou Beringuy.

Mas no segundo trimestre o contingente de empregados com carteira no setor privado aumentou em 618 mil pessoas em relação aos três primeiros meses do ano, chegando a 30,189 milhões.

Ainda assim, sem carteira assinada, eram 10,023 milhões de trabalhadores no segundo trimestre, um aumento de 3,4% sobre o primeiro.

O IBGE ainda destacou o trabalho por conta própria no período, que atingiu o patamar recorde de 24,839 milhões de pessoas, um crescimento de 4,2% na comparação com o trimestre anterior.

O aumento da ocupação no segundo trimestre deveu-se, principalmente, a atividades relacionadas a alojamento e alimentação (9,1%), construção (5,7%), serviços domésticos (4,0%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,8%).

A pesquisa mostrou ainda que os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas --aqueles que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar-- chegou a um recorde de 7,543 milhões de pessoas no segundo trimestre, um aumento de 7,3% sobre o período anterior.

Além disso, o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 3,0% em relação aos três primeiros meses do ano, a 2.515 reais. Na comparação anual, houve redução de 6,6%.

'As condições do mercado de trabalho devem continuar em uma tendência de recuperação gradual. A maior mobilidade, o aumento da confiança das empresas e a retomada de serviços prestados às famílias são os principais motores por trás dessa perspectiva', disse em nota o economista da XP Rodolfo Margato, citando entretanto os riscos das pressões inflacionárias e da crise hídrica.

Escrito por Reuters

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