Cuba culpa sanções dos EUA pelo fomento da imigração irregular
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Por Nelson Acosta
HAVANA (Reuters) - Autoridades cubanas e norte-americanas se reuniram nesta terça-feira em Havana para discutir o tema da imigração, o segundo encontro desse tipo neste ano, no momento em que os dois países tentam encontrar maneiras de desacelerar o fluxo recorde de cubanos chegando aos Estados Unidos.
Os EUA -- destino principal da imigração cubana -- renovaram conversas com Cuba em 2022 e, desde então, aumentaram as vias legais de imigração para cubanos, incluindo acesso a vistos em Havana, reunificação familiar e programas de liberdade condicional humanitários com o objetivo de conter a imigração ilegal.
Mas o problema não desaparecerá, disse o vice-ministro das Relações Exteriores cubano, Carlos Fernández de Cossio, até que os EUA afrouxem sanções contra a ilha, as quais Cuba culpa pela devastação de sua já debilitada economia estatal.
“Para os Estados Unidos, a prioridade de desestabilizar Cuba continua a ter precedência sobre seu interesse de proteger suas fronteiras em termos de imigração”, disse Cossio a repórteres após a reunião.
Os EUA afirmam que as sanções são necessárias para promover direitos humanos e liberdades fundamentais em Cuba e que abre exceções para propósitos humanitários.
Escrito por Reuters
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