EUA ratificam que Israel precisa seguir lei internacional de armas

Por Steve Holland

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos comunicaram Israel nesta sexta-feira sobre um novo memorando de segurança nacional, que alerta que países que recebem armas norte-americanas precisam seguir a lei internacional, afirmou a Casa Branca. O memorando é um comunicado de política de governo e foi enviado na quinta-feira pela Casa Branca a autoridades responsáveis pela segurança nacional, para garantir que seus objetivos sejam cumpridos. O documento não impõe condições de como equipamentos militares norte-americanos podem ser usados, mas exige que o governo Biden envie um relatório anual ao Congresso, explicando se as nações estão cumprindo com suas exigências. Desde o dia 7 de outubro, quase 28 mil pessoas foram mortas na ofensiva israelense contra o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de Saúde palestinas. A operação foi uma resposta de Israel ao ataque do Hamas dentro de seu território, no qual o país diz que 1.200 pessoas morreram. Washington oferece 3,8 bilhões de dólares em ajuda militar anual a Israel, um aliado de longa data. Democratas mais à esquerda e grupos árabe-americanos criticaram o governo Biden pelo apoio constante a Israel, que segundo eles traz consigo um sentimento de impunidade. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, respondeu a uma pergunta sobre se autoridades dos EUA falaram com israelenses sobre o memorando: “Eles reiteraram a vontade deles de fornecerem esses tipos de garantias”. Outras nações que usam armamentos norte-americanos também foram notificadas, afirmou uma autoridade dos EUA, negando-se a dizer quais. Uma parte do memorando relembra seus destinatários de ajuda militar que eles devem “respeitar suas obrigações sob a lei internacional e reduzir o risco de danos civis”. (Reportagem de Steve Holland)