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Cumprir a liturgia indo à posse de Moraes foi importante, mesmo com Bolsonaro sisudo, avaliam fontes da campanha

Placeholder - loading - 07/07/2022 REUTERS/Adriano Machado
07/07/2022 REUTERS/Adriano Machado

Publicada em  

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) ir à posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assim cumprir a liturgia do cargo foi importante, mesmo que tenha aparecido na maior parte da solenidade com o semblante fechado e pouco desenvolto, afirmaram à Reuters duas fontes da campanha à reeleição.

A iniciativa de comparecer ao evento --após ter sido convidado pessoalmente pelo novo presidente na semana passada-- foi vista pelas fontes como um sinal de ao menos uma trégua temporária entre as duas autoridades. A campanha acredita que um caminho sem confrontos sobre o sistema eleitoral é o melhor para Bolsonaro ampliar sua base de apoio e crescer nas pesquisas de intenção de voto.

Nos últimos meses, o presidente tem feito sucessivos ataques a Moraes e ao sistema de voto em urnas eletrônicas, chegando a colocar em dúvida sua segurança sem apresentar evidências de que haveria fraudes.

Segundo uma das fontes, Bolsonaro até procurou ser simpático em alguns momentos da cerimônia desta terça-feira à noite quando conversou rapidamente e riu com Moraes, sentado ao seu lado.

Essa fonte disse que, apesar da iniciativa de Bolsonaro, o presidente poderia ter buscado circular antes e após o evento e cumprimentar os presentes na linha do que fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário em outubro. Foi a primeira vez que os dois se encontraram e estiveram frente à frente --o atual presidente na mesa dos trabalhos e Lula na primeira fila da plateia, reservada aos ex-presidentes.

Outra fonte minimizou o fato de Moraes ter sido aplaudido de pé pelo público quando elogiou as urnas eletrônicas. Durante cerca de 20 segundos, Bolsonaro foi um dos poucos a não aplaudir a fala, o que foi captado em imagens durante a transmissão e teve forte repercussão nas redes sociais.

Para essa fonte, pior foi o assédio a Lula de parte dos presentes no meio do salão após a cerimônia enquanto Bolsonaro saia do recinto. A avaliação dela é que, se está 'dentro do jogo', poderia jogá-lo --em outras palavras, fazer as mesuras desse tipo de solenidade. Por outro lado, a fonte reconhece que a ação de Bolsonaro está em linha com a narrativa do presidente de mostrar irritação, se opor a Moraes, tanto gestual como simbolicamente, para alimentar a base bolsonarista.

'Os gestos da cerimônia de Bolsonaro foram voltados aos eleitores dele', resumiu essa fonte.

Na avaliação da outra fonte ouvida pela Reuters, Alexandre de Moraes demonstrou muito prestígio com a presença de autoridades dos Três Poderes, mais de 20 governadores, ex-presidentes da República e representantes diplomáticos. Segundo ela, isso reduz a margem de ressonância de ataques ao sistema eleitoral.

Escrito por Reuters

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