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Haddad diz que Bolsonaro tentou fraudar eleição e que 2º turno deveria ser entre ele e Ciro

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Por Eduardo Simões e Pedro Belo

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tentou fraudar a eleição usando recursos de caixa 2 para enviar mensagens contra ele no WhatsApp e que, por isso, o segundo turno da eleição presidencial deveria ser entre ele e o candidato do PDT, Ciro Gomes.

Haddad citou uma testemunha, que teria sido mencionada pela revista Piauí, que teria afirmado que o ex-capitão do Exército pediu pessoalmente que empresários financiassem o disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp para difamar e caluniar a candidatura petista na reta final do primeiro turno da disputa presidencial.

'Eu acho que o segundo turno tem que se dar entre mim e o Ciro. É isso que a legislação prevê, porque ele fraudou, tentou fraudar a eleição. Felizmente não deu o primeiro turno, porque se dá no primeiro turno, ia tudo para debaixo do tapete', disse Haddad a jornalistas em São Paulo.

Bolsonaro disse em sua conta no Twitter que 'apoio voluntário é algo que o PT desconhece e não aceita', e que o partido de seu adversário no segundo turno da eleição presidencial não está sendo prejudicado por 'fake news', mas pela verdade, uma vez que 'roubaram o dinheiro da população'.

O presidenciável do PSL publicou os tuítes após Haddad afirmar que irá à Justiça Eleitoral para impedir o presidenciável do PSL de 'violentamente agredir a democracia', ao comentar a reportagem da Folha.

No Twitter, Bolsonaro disse ainda que o PT sempre fez política 'comprando consciências', e acusou o partido de ter mergulhado o país no caos.

Mais cedo, em entrevista coletiva, Haddad havia dito que testemunhas relataram que Bolsonaro havia pedido pessoalmente a empresários durante um jantar que eles financiassem o envio em massa de mensagens contra a candidatura petista pelo WhatsApp. Mais tarde, entretanto, ele esclareceu que a testemunha havia sido citada pela revista Piauí.

'Ele estava no jantar pedindo recursos para o WhatsApp, todo mundo sabe disso, a Piauí sabe disso', disse Haddad. 'Saiu publicado pela imprensa, ou vocês desmentem a Piauí? Pode falar que eles mentiram. Agora, estou me baseando numa informação publicada numa revista que eu suponho que seja séria.'

Na entrevista coletiva de mais cedo, Haddad disse que eventuais investigações podem chegar à quantia de 'centenas de milhões de reais despejados ilegalmente' na campanha de Bolsonaro e fez um alerta de que o PT rastreará empresários que eventualmente estejam envolvidos no caso para que sejam responsabilizados criminalmente.

'Vamos mobilizar toda a legislação em vigor, nós entendemos isso como uma prática de crime continuado, portanto hoje esse crime está sendo cometido, talvez, venhamos a pedir prisões em flagrante ou preventivas para que tenhamos nos próximos dez dias alguma normalidade democrática depois da devastação que foi a última semana do primeiro turno', disse Haddad, visivelmente irritado, durante a entrevista.

Na edição desta quinta-feira, o jornal Folha de S. Paulo revela que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens contra o PT por WhatsApp, em uma prática que se chama pacote de disparos em massa de mensagens, e estariam preparando uma ação para a próxima semana, antes do segundo turno.

Na entrevista pela tarde, o petista voltou a defender a prisão de empresários envolvidos no suposto esquema de envio de notícias falsas pela campanha de Bolsonaro.

'O importante agora é prender os empresários que com caixa 2 financiaram o bolsonaro numa campanha de difamação, isso é o que vocês têm que cobrir hoje', disse Haddad aos jornalistas.

Mais cedo, o petista disse que, independentemente do resultado do segundo turno da eleição, marcado para o dia 28 de outubro, irá 'até as últimas consequências' em busca de reparação para o que afirmou ser calúnia e difamação que sofreu e afirmou que a campanha do PT também irá recorrer à missão de observadores eleitorais da Organização dos Estados Americanos (OEA).

'Nós vamos levar ao conhecimento da Justiça todos os indícios, alguns que estão nos chegando agora de reuniões que ele... de viva voz pediu apoio via WhatsApp, ou seja, ele próprio em jantares com empresários fez um pedido para que a atuação fosse feita dessa maneira, de forma ilegal', disse o presidenciável petista.

'Evidentemente, no que me diz respeito, a luta pela minha dignidade extrapola o 28 de outubro, porque eu vou buscar reparação dos ataques que ele me fez via internet, porque ele patrocinou com dinheiro sujo uma campanha de difamação e isso não tem prazo para acabar, eu vou buscar reparação até as últimas consequências.'

O petista cobrou um posicionamento do WhatsApp e disse que, se a empresa, controlada pelo Facebook, tiver algum compromisso com valores, tomará providências.

“O WhatsApp pode ajudar, se quiser. O WhatsApp pode fingir que não é com ele, mas pode ajudar, se quiser. Se tiver compromisso com valores, se essa empresa tiver algum compromisso com valores, vai tomar providências em relação a matéria de hoje, e vai procurar evitar o que aconteceu em relação à última semana do primeiro turno”, afirmou.

Haddad também fez um alerta duro a empresários que eventualmente tenham financiado o envio em massa de mensagens ofensivas a ele pelo aplicativo.

“Eu estou prevenindo esses empresários, eles vão ser rastreados, nós vamos rastreá-los e, independentemente do resultado eleitoral. Nós vamos chegar à autoria deste crime. É um alerta que fica: parem o crime, parem de cometer crime. Isso é crime.”

O WhatsApp, por meio da assessoria de imprensa, informou que ainda não tem um posicionamento específico sobre esse caso.

(Reportagem adicional de Taís Haupt)

Escrito por Thomson Reuters

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